JOTA ABREU
DA REDAÇÃO
Por iniciativa da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa, vereadores visitaram na manhã desta segunda-feira (20/7) o Hospital de Campanha do Anhembi, criado para atender pacientes da Covid-19. Foram ao local os vereadores Reis (PT), Caio Miranda Carneiro (DEM), George Hato (MDB), Prof. Claudio Fonseca (CIDADANIA) e Rinaldi Digilio (PSL), integrantes da CCJ, além do vereador Rodrigo Goulart (PSD), representando a Comissão de Finanças e Orçamento.
Devidamente paramentados com os equipamentos de segurança, os parlamentares foram acompanhados por profissionais de saúde para visitar diversos espaços da ala administrada pelo do Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde). Eles conheceram as áreas de acolhimento, de exames, laboratórios, almoxarifado, rouparia, setor de conforto médico, entre outros. Todos os leitos contam com respiradores, bombas e monitores, além das camas hospitalares.
A doutora Tassiana Sacchi Pitta Diaz, diretora hospitalar do Iabas, disse que a ala administrada pela organização social será desativada a partir de 1º de agosto. Nesta segunda-feira, dos 200 leitos ainda em funcionamento, 97 estavam ocupados, uma taxa menor do que 50% de ocupação. A redução vai ocorrer devido à estabilização da doença na cidade, e representará economia será de R$ 19 milhões mensais, conforme divulgado pela Prefeitura. O custeio total passará a ser de R$ 9 milhões por mês.
O espaço ainda tem outra ala, administrada pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), com 294 leitos de enfermaria e 16 de estabilização, que continuam funcionando, a princípio, até o dia 31 de agosto. Os vereadores também visitaram este espaço.
DENÚNCIAS
Os vereadores foram ao local depois de terem recebido denúncias de problemas no espaço, e de ter contato com reportagens que também indicavam situação irregular do hospital de campanha. O fundador do Iabas, dr. Luciano Artiolli, respondeu a todas as denúncias trazidas pelos vereadores apresentando dados.
Artiolli disse que o Hospital de Campanha do Anhembi é o único emergencial do país a receber o selo de qualidade do Conselho Federal de Enfermagem; a porcentagem mínima é de 75% de aprovação, e o espaço conquistou índice de 94%.
“Nós temos a pesquisa de satisfação, de maneira oficial, preenchida pelos pacientes no momento da alta. Tem 1% de avaliação ruim, 2,2% de regular e 96,8% de bom ou ótimo na avaliação dos pacientes do hospital. Portanto, não há denúncia que sobreviva ao objeto final, que é a satisfação dos nossos pacientes”, defendeu.
Ele ainda ressaltou a quantidade de vidas salvas. De 3.223 pacientes atendidos na ala, 2.600 tiveram alta, 14 foram a óbito, 97 estão internados neste momento, e o restante foi transferido.
Autor do requerimento que possibilitou a visita ao hospital, o vereador Reis (PT) considerou positiva a presença dos vereadores in loco. “A Câmara está cumprindo seu papel fiscalizatório. Pudemos constatar a real situação, contrapondo as reportagens que assistimos com reclamações. E fizemos tudo conforme os protocolos, e não de forma atabalhoada, conforme o devido comportamento em um ambiente hospitalar”, disse.
Representando a Comissão de Finanças e Orçamento, Rodrigo Goulart (PSD) também considerou válida a inspeção ao local. “Hoje o hospital está numa fase desmobilização, e pelo que pudemos acompanhar em relação à satisfação dos próprios pacientes que saíram daqui, a gente observa uma satisfação”.
De acordo com dados da Prefeitura, antes da pandemia de coronavírus, a capital paulista tinha 507 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) nos hospitais municipais. O número de leitos novos criados com a pandemia foi de 1.340, além da criação de 1.546 vagas em enfermarias.