InícioCÂMARA DE SÃO PAULOProjetos educacionais recebem Prêmio Paulo Freire

Projetos educacionais recebem Prêmio Paulo Freire


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JOTA ABREU

Foi entregue na noite desta sexta-feira (18/09) a 15ª edição do Prêmio Paulo Freire de Qualidade do Ensino Municipal, reconhecendo projetos desenvolvidos por educadores nas escolas públicas do município de São Paulo, que visam ao aprimoramento da qualidade do ensino público. Catorze projetos receberam prêmios, entre os 167 inscritos, maior número de inscrições da história do prêmio.

A solenidade ocorreu presencialmente apenas com a participação dos professores responsáveis pelos projetos premiados e transmição ao vivo pela Rede Câmara no canal TV Câmara (digital 8.3) e redes sociais.

No plenário 1º de maio, várias medidas rígidas de prevenção ao contágio do novo coronavírus, com higienização constante dos objetos de uso coletivo, estratégias de distanciamento social para evitar contatos físicos como a denominação dos lugares onde os participantes deveriam ocupar, e a exigência do uso de máscara durante todo o evento.

O presidente da solenidade, vereador Toninho Vespoli (PSOL) disse que o prêmio tem uma importância ainda maior neste momento em que a sociedade passa. “Os servidores da rede buscam dar o melhor de si para as nossas crianças e adolescentes, mesmo com as adversidades”, declarou ao enaltecer também o alto nível dos projetos inscritos.

Com a recomendação do distanciamento, não foi possível contar com a presença de autoridades e convidados. Através de vídeo ocorreu a participação de Lutgardes Freire, que é filho do patrono da educação brasileira e que dá nome ao prêmio, Paulo Freire. Lutgardes ressaltou a coragem de professores e professoras neste momento. “Ser professor é uma batalha e esses profissionais merecem parabéns por continuar lutando por esse trabalho”, declarou.

A premiação começou com a categoria Educação Infantil. Em primeiro lugar, ficou o projeto “Jongo: uma roda pela igualdade”, da EMEI Nelson Mandela. A responsável, Carolina Hamburger elogiou os outros projetos e falou que nas rodas de Jongo realizadas no projeto estão presentes valores como ancestralidade, circularidade, musicalidade, corporeidade e coletividade, com a intenção de manter vivas a memória e a luta da população negra e a potência de sua cultura.

Pela categoria Ensino Fundamental I, o primeiro lugar foi para o projeto “Mulheres que mudaram o mundo”, desenvolvido na EMEF Coelho Neto por Genilda Santo Araújo e Alexandre Hernane dos Santos. “Buscamos construir uma educação emancipadora e é importante receber essa premiação para saber que estamos no caminho certo”, disse Genilda.

Em seguida, foi entregue o prêmio para a categoria Ensino Fundamental II/Ensino Médio. O primeiro colocado foi o projeto “Um país chamado Grajaú: cartografia afetiva do bairro, sua história, personagens, coletivos e organizações sociais”, coordenado por Thabata Soares Damasceno, Michele Santana de Almeida, Lucidalva de Azevedo Ribeiro Carlos Alberto Ribeiro de Amorim, na EMEF Padre José Pegoraro. O projeto é multidisciplinar, coletivo e com vários professores, conforme informou a professora Thabata. “Saímos explorando o território do Grajaú e, a partir desse conhecimento, os alunos se tornaram sujeitos do próprio processo para transformar sua realidade”, declarou.

Finalizando as entregas, a categoria Educação de Jovens e Adultos premiou o projeto “Mundo do Trabalho”, da CIEJA Professor Francisco Hernani Alverne Facundo Leite, comandando por Antonia Elenir Comin, Eliene da Rocha Carvalho e Larissa Perrela. Emocionadas as responsáveis agradeceram o prêmio e disseram que o projeto nasceu da escuta ativa dos educandos e educandas, através de suas falas sobre a realidade social. Eles tiveram a possibilidade de tirar a Carteira de Trabalho, se candidatar a vagas de emprego, ter acesso a informações sobre direitos trabalhistas, entre outras atividades.

Todos os vencedores foram avaliados por uma Comissão Julgadora composta pelas seguintes entidades: CENPEC, Comissão Permanente de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo, Conselho Municipal de Educação, Instituto Paulo Freire, SINPEEM, SINESP, SME e UMES. A avaliação aconteceu segundo critérios que levam em consideração a promoção de aprendizagens diversificadas, participação efetiva da comunidade, inovação e criatividade, alcance de objetivos, alinhamento aos princípios de Paulo Freire e forma e conteúdo do projeto.

Confira a lista completa e colocação dos premiados:

Categoria I – Educação Infantil

1º lugar – Projeto “Jongo: uma roda pela igualdade” – EMEI Nelson Mandela;

2º lugar – (empate) Projeto “Territórios Brincantes: revelando as múltiplas formas de ser criança no extremo sul – vivências com a infância guarani” – EMEI Professor José La Torre;

2ª lugar – (empate) Projeto “Saídas culturais – Ultrapassando os muros do CEI” – CEI Vereador João Toniolo;

3º lugar – Projeto “Viagem para África” – EMEI Dona Maria de Lourdes Coutinho Torres;

Categoria II – Ensino Fundamental I

1º lugar – Projeto “Mulheres que mudaram o mundo” – EMEF Coelho Neto;

2ª lugar – Projeto “FRUVS” – EMEF Deputado José Blota Júnior;

3º lugar – Projeto “Transformando vidas” – EMEF Professora Shirley Guio;

Categoria III – Ensino Fundamental II/Ensino Médio

1º lugar – Projeto “Um país chamado Grajaú: cartografia afetiva do bairro, sua história, personagens, coletivos e organizações sociais” – EMEF Padre José Pegoraro;

2ª lugar – Projeto “Abrindo portas com arte” – EMEF Rui Bloem;

3º lugar – Projeto “Sarau Heranças Afro: a ruptura do silêncio e o emergir de novas identidades” – EMEF Anna Silveira Pedreira;

Categoria IV – Educação de Jovens e Adultos

1º lugar – Projeto “Mundo do Trabalho” – CIEJA Professor Francisco Hernani Alverne Facundo Leite.

2ª lugar – Projeto “Descolonizar os cotidianos (in)visíveis: culturas e povos indígenas na formação da cidade de São Paulo e da sociedade brasileira” – CIEJA Vila Prudente/Sapopemba;

3º lugar – (empate) Projeto “Encontro Brasil Angola – arte africana e afro brasileira da tradição à contemporaneidade” – CEU EMEF Professora Cândida Dora Pino Pretini;

3º lugar – (empate) Projeto “EJA trabalhando cultura maker e robótica com sucata” – CEU EMEF Manoel Vieira de Queiroz Filho;

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