DANIEL MONTEIRO
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Segundo informações desta quinta-feira (02/7) disponibilizadas no painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) sobre a pandemia do novo coronavírus no (causador da Covid-19) no Brasil, o país registrou nas últimas 24 horas 1.252 mortes pela doença, totalizando 61.884 vítimas fatais da Covid-19.
No mesmo período, de acordo com contagem do órgão, houve a confirmação de 48.105 novos infectados pelo novo coronavírus. Desde o início da pandemia, o Brasil já soma 1.496.858 diagnósticos positivos para a doença.
O número é o mesmo divulgado no boletim diário do Ministério da Saúde desta quinta-feira: nas últimas 24 horas foram 1.252 mortes e 48.105 diagnósticos confirmados do novo coronavírus, totalizando 61.884 óbitos e 1.496.858 casos confirmados da doença desde o início da quarentena.
Epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo registrou nesta quinta-feira (02/7) 321 óbitos causados pela Covid-19 em 24 horas – no mesmo período, houve 12.244 diagnósticos confirmados do novo coronavírus. No total, são 15.351 vítimas fatais da Covid-19, com 302.179 pessoas infectadas.
Em relação à capacidade do sistema de saúde do Estado, a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) voltados ao tratamento do novo coronavírus é de 64% no Estado e de 64,3% na Grande São Paulo.
Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal medida de contenção da pandemia do novo coronavírus, isolamento social no Estado de São Paulo na última quarta-feira (01/7) foi de 46%, mesmo índice registrado na na Capital.
Os dados são Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.
Além dos dados concretos do dia, o Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo apresentou uma projeção de que, até o dia 15 de julho, o Estado pode ter entre 18 mil e 23 mil óbitos provocados pelo novo coronavírus. Também há a previsão de que São Paulo possa ter entre 335 mil e 470 mil casos confirmados da Covid-19 até o dia 15 de julho.
MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS
O Governo do Estado vai dar opção para que os estabelecimentos comerciais previstos para reabrir na fase 2 – laranja do Plano São Paulo possam funcionar, por quatro dias úteis, por seis horas contínuas. A sugestão, enviada por prefeitos paulistas e aceita pelo Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, será agora publicada em Diário Oficial.
Com isso, a partir da semana que vem, os estabelecimentos comerciais de municípios que estiverem na fase laranja do Plano São Paulo terão a opção de abrir todos os dias da semana, por quatro horas diárias; ou então, por quatro dias úteis, mas por seis horas diárias.
A fase laranja prevê a reabertura de shoppings, concessionárias, comércio de rua e escritórios, mas até então estes setores só poderiam funcionar por quatro horas ao dia, todos os dias da semana, com capacidade limitada a 20%.
O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O Plano São Paulo também é regionalizado, ou seja, o Estado foi dividido em 17 regiões e cada uma delas é classificada em uma fase.
O Governo do Estado ainda deve anunciar na próxima sexta-feira (03/7) os protocolos exigidos para a reabertura de salões de beleza, academias, teatros, cinemas e salas de espetáculos. Além disso, na próxima terça-feira (07/7), deve ocorrer o anúncio dos protocolos no Estado para reabertura de parques e eventos.
A CÂMARA DURANTE A PANDEMIA
Entre os PLs (Projetos de Lei) de autoria de vereadores apreciados na sessão plenária da última quarta-feira (01/07), a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto que trata de temas relativos à pandemia do novo coronavírus.
Trata-se do Substitutivo assinado coletivamente pelos vereadores ao PL 308/2020, do vereador Reis (PT), que foi aprovado em segunda e definitiva votação. A proposta autoriza uma ajuda financeira às entidades ligadas ao MOVA-SP (Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos do Município de São Paulo) durante o período de pandemia.
O pagamento deverá será feito de forma retroativa desde que o contrato entre o Executivo e o programa municipal foi suspenso devido aos problemas provocados pelo avanço da Covid-19 na Capital.
Durante a discussão do PL, os parlamentares também aprovaram duas emendas ao projeto, ambas do vereador Reis. Uma delas, aprovada por 43 votos favoráveis e cinco contrários, permite à Secretaria Municipal de Cultura o pagamento de cachê para os artistas que, preferencialmente, realizarem eventos ao vivo transmitidos pela internet.
Uma das determinações previstas é para que a programação cultural contratada pela Prefeitura de São Paulo seja veiculada em redes sociais gratuitas e abertas ao público. A iniciativa estende ainda a autorização para as outras secretarias que promoverem ações via internet, seguindo os mesmos critérios de cadastro e do processo de seleção das atividades, por exemplo.
A segunda emenda apresentada foi acatada de forma simbólica pelos parlamentares, apenas para fazer uma correção no texto do PL. A ajuda de custo, em vez de ser destinada aos voluntários do MOVA, conforme previsão inicial, será encaminhada às entidades executoras do programa.
Com as aprovações do projeto e das emendas, o texto segue para redação final antes de ser encaminhado para sanção ou veto do prefeito Bruno Covas (PSDB).
AÇÕES E ATITUDES
Residente na Incubadora USP/Ipen-Cietec, a startup de biotecnologia Biolinker está desenvolvendo um teste de diagnóstico para a Covid-19 de baixo custo e alto desempenho, com insumos totalmente nacionais.
O objetivo da ação é gerar kits padronizados de reação para a detecção de tipos de anticorpos circulantes, produzidos no soro de pacientes em uma fase mais tardia da doença. O teste completo deve ficar pronto em três semanas e o pedido de registro ocorrerá até o final de julho deste ano.
O projeto de criação deste teste diagnóstico contou com o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). A empresa já está em negociação com grupos interessados em fabricar os testes, depois que estiverem 100% calibrados e prontos para serem usados na população em larga escala.
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