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Comitê Emergencial de crise na Educação realiza segunda reunião


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JOTA ABREU
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O Comitê Emergencial de crise na Educação realizou nesta terça-feira (23/6) a 2ª reunião virtual para discussão dos temas mais urgentes do setor diante da situação de emergência causada pela pandemia. O comitê está vinculado à Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo, e é integrado por diversas entidades de classe.

O presidente da comissão, vereador Eliseu Gabriel (PSB) conduziu a reunião que contou com a participação ainda dos vereadores Jair Tatto (PT) e Toninho Vespoli (PSOL). Representantes das entidades representativas dos servidores da educação também puderam expor suas opiniões sobre as prioridades do momento.

De maneira geral, assim como na primeira reunião, três assuntos dominaram as discussões. Um deles é a preocupação com a alimentação dos alunos que não estão frequentando a escola neste período e, consequentemente, não têm acesso à merenda. O principal ponto abordado é que a Prefeitura está fornecendo cartão-alimentação ou cesta básica apenas para famílias de alunos cadastrados em programas sociais, enquanto que a alimentação dos estudantes é um direito de todos.

Outro assunto bastante citado é a possibilidade de retorno das aulas em modalidade presencial. Para boa parte dos participantes, não haverá condições de garantir condições adequadas para aprendizado e proteção de contaminação neste ano. Houve a defesa de que protocolos de segurança sanitária precisam ser amplamente discutidos e da necessidade de adaptações em diversas unidades para voltar a receber os alunos.

Também houve bastante menção à manutenção do trabalho presencial em escalas de plantões dos profissionais de direção e do quadro de apoio das escolas. A maior parte deles tem trabalhado para atender à comunidade na entrega dos cartões-alimentação ou cestas básicas e outros auxílios para as famílias, que não constam da função original das unidades de ensino. Porém, o que causou apreensão nos representantes das entidades foi a alegada falta de fornecimento de equipamentos de segurança neste período para os servidores, como máscaras, álcool em gel, etc.

Para a resolução de todas essas questões, a principal reivindicação é o estabelecimento de diálogo com a Secretaria Municipal de Educação. “Incrível como as entidades e sindicatos não estão sendo ouvidos. Só estão obedecendo a ordens em um momento de novidade para todos, que é de pandemia. Nesse momento, é fundamental haver o diálogo para buscar soluções”, disse o vereador Eliseu Gabriel.

Christian Sznick, diretor de imprensa do Sinesp (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo), alertou para o risco dos funcionários que estão comparecendo nas unidades para trabalho, e disse que os gestores já estão observando a diminuição do quadro com pedidos de afastamento, por causa de contaminações pela Covid-19.

A observação da professora Claudete Alves, integrante do Sedin (Sindicato dos Educadores da Infância), foi relacionada ao número de contaminados ser dez vezes maior do que o constatado por exames, conforme afirmado pela Secretaria de Saúde nesta terça-feira (23/6). Segundo ela, esse dado reforça a ideia de que não será possível retornar às aulas neste ano.

Também fizeram uso da palavra Margarida Prado, da APROFEM (Sindicato dos Professores e Funcionários do Ensino Municipal de São Paulo), Maciel Silva Nascimento, do Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), Patrícia Pimenta, do SINPEEM (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), Kézia Alves do CRECE (Conselho de Representantes dos Conselhos de Escola), entre outros.

Ficou definido ainda que a secretaria da comissão irá formalizar um convite para participação de um representante da secretaria da Educação na próxima reunião.

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