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Comitê Emergencial de crise da Educação discute estratégias para 2021


MARCELO FIGUEIREDO
DA REDAÇÃO

O Comitê Emergencial de crise da Educação, vinculado à Comissão de Educação, Cultura e Esportes, realizou na tarde desta terça-feira (1/12), reunião ordinária virtual já projetando o próximo ano. O encontro contou com a presença de vereadores, profissionais da educação e representantes de diversas entidades e sindicatos do setor. O retorno às aulas presenciais em meio a uma possível segunda onda de contaminação da Covid-19, o adiantamento da avaliação do Plano Municipal de Educação (PME), previsto para 2023, e a terceirização na educação estiveram entre os principais assuntos abordados pelos participantes.

Retorno às aulas presenciais

Patrícia Pimenta Furbino, do SINPEEM – SP (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo), relembrou a posição do Comitê Emergencial de crise da Educação quanto a não retomada das aulas presenciais em meio à crise provocada pela pandemia de Covid-19. “Elementos que a gente trazia, e que a gente defendia, de não poder haver essa reabertura das unidades escolares, independente de ser o Ensino Médio, demonstra hoje, com os dados da Covid retornando com força, e principalmente naquelas unidades das escolas privadas, que abriram Ensino Médio, que nós não somos tão leigos no assunto, que nós também temos know-how para debater e para apontar caminhos”, apontou Patrícia. “A gente chega dezembro sem a Prefeitura de São Paulo fazer mudanças significativas nas nossas unidades escolares. Tem o adoecimento desses profissionais de educação, que voltaram no Ensino Médio. A testagem sorológica tem demonstrado muita morosidade para afastar, por ventura, àqueles profissionais que estão contaminados”, complementou.

Avaliação do Plano Municipal de Educação

A necessidade de uma política de Estado para a educação foi apontada como uma das principais bandeiras a serem defendidas pelo Comitê Emergencial de crise da Educação e, nesse sentido, o vereador Eliseu Gabriel (PSB) ressaltou a importância do PME (Plano Municipal de Educação), aprovado em 2015, mas ainda não avaliado e implementado. “O que nós precisamos é cobrar a implementação. Acho que pode ser um eixo de luta desse comitê”.

Representando o SINDSEP (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), Maciel Nascimento disse que o PME deveria ter sido avaliado em 2019 e que a atual administração utilizou o PL 452 para jogar essa avaliação para dois anos para a frente. “Nós não podemos permitir que só em 2023 nós tenhamos a análise do Plano Municipal de Educação”, defendeu.

Terceirização na educação

Outro assunto tratado pelos presentes foi a questão da ameaça de terceirização na educação municipal e o impacto que essa iniciativa traz para a qualidade do ensino público paulistano. “Esse tem que ser um esforço nosso para deixar claro para esse novo mandato do prefeito que isso é inadmissível na educação”, pontuou o vereador Eliseu Gabriel (PSB).

Lembrando a importância da relação entre esporte e cultura com a educação, o vereador Eduardo Suplicy (PT) fez questão de expressar discordância sobre qualquer iniciativa do governo estadual de transformação do Complexo do Ibirapuera em um Shopping Center, e relembrar o aniversário de um ano da morte de nove jovens em Paraisópolis, fato até hoje sem resolução.

Vereadores e participantes também ressaltaram a necessidade da continuidade do Comitê Emergencial de Crise da Educação, ressaltando o trabalho feito em meio à pandemia de Covid-19 e os desafios que 2021 trará no campo da educação.

A reunião foi conduzida pelo presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, vereador Eliseu Gabriel (PSB). Participaram os vereadores Eduardo Suplicy (PT) e Gilberto Nascimento Jr. (PSC), membros do colegiado.

A íntegra da reunião do Comitê Emergencial de crise da Educação pode ser conferida neste link.

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