InícioCÂMARA DE SÃO PAULOComitê de crise na Educação debate atividades de reforço nas escolas

Comitê de crise na Educação debate atividades de reforço nas escolas


MARIANE‌ ‌MANSUIDO‌ ‌
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Em‌ ‌reunião‌ ‌nesta‌ terça-feira‌ ‌(6/10),‌ os integrantes do Comitê Emergencial de crise na Educação, vinculado à Comissão de Educação, Cultura e Esportes, discutiram sobre a reabertura das escolas para atividades extracurriculares a partir de amanhã (7/10), como havia sido anunciado pela prefeitura anteriormente. Ainda não se trata do retorno presencial às aulas.

Segundo Margarida Genofre, vice-presidente da APROFEM (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo), poucas escolas optaram pela reabertura. Em Audiência Pública realizada pela Comissão de Educação, no mês de setembro, o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, garantiu que o retorno das atividades extracurriculares seria facultativo, de acordo com a decisão de cada Conselho de Escola.

“Não houve tempo suficiente para debater o protocolo da Prefeitura, que está completamente fora da realidade. Os conselhos é que devem decidir. Entretanto, decidir sem conhecer é temerário”, argumentou Genofre.

Integrante da diretoria do SINESP (Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo), Christian Sznick disse que houve pouco tempo para que os Conselhos de Escola decidissem sobre a reabertura ou não. “O prazo curta fragiliza uma gestão democrática, pois deixa pouco espaço para o diálogo”, avaliou Sznick.

A vice-presidente do SEDIN (Sindicato dos Educadores da Infância), Joélia Rodrigues, disse que tem faltado uma atitude de responsabilidade, tantos dos governos estaduais, quanto dos municípios, em relação ao retorno das atividades escolares. “Pessoas estão perdendo a vida com a pandemia. As pessoas têm o direito, nesse momento, de buscar se preservar”, ponderou.

A Comissão de Educação irá elaborar um ofício para buscar esclarecimentos sobre possíveis ataques aos Conselhos de Escola, por decidirem pela não reabertura este mês. A Comissão também deve enviar uma nota de repúdio à Instrução Normativa da Prefeitura de São Paulo, publicada em 25 de setembro, que trata dos procedimentos para o atendimento nas unidades educacionais da rede direta, parceira e particular a partir do dia 07 de outubro.

Estiveram presentes o vereador Eliseu Gabriel (PSB), presidente da Comissão, Eduardo Suplicy (PT) e Toninho Vespoli (PSOL).

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