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Com mais de 248 mil casos de Covid-19, São Paulo ultrapassa número de casos da Itália


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DANIEL MONTEIRO
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Segundo dados do painel do Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), o Brasil registra nesta quinta-feira (25/6) 1.141 óbitos e 39.483 casos confirmados do novo coronavírus (causador da Covid-19) nas últimas 24 horas. Na contagem do Conselho, desde o início da pandemia o país teve mortes 54.971 e 1.228.114 infectados pela doença.

O boletim diário do Ministério da Saúde traz os mesmos dados: 1.141 óbitos e 39.483 novos casos confirmados do novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 54.971 mortes e 1.228.114 infectados pela doença desde o início da pandemia no país.

Considerado epicentro da pandemia no Brasil, o Estado de São Paulo contabilizou, nesta quinta-feira (25/6), 407 óbitos registrados nas últimas 24 horas, totalizando 13.759 vítimas da Covid-19.

Há, ainda, 248.587 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus – aumento de 9.177 novos diagnósticos entre quarta e quinta-feira. Segundo levantamento da Universidade John Hopkins (EUA) – referência em estudos sobre a Covid-19 – o total de infecções em São Paulo supera os números totais registrados pela Itália desde o início da pandemia.

Em relação ao sistema de saúde público paulista, a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) destinados ao atendimento de pacientes com Covid-19 no Estado é de 65,5%. Na Grande São Paulo, o índice chega a 67,9%.

Na última quarta-feira (24/6), o isolamento social no Estado de São Paulo chegou a 46%, enquanto na Capital o índice atingiu 47% dos habitantes. A medida é considerada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e autoridades sanitárias a principal forma de contenção da pandemia do novo coronavírus.

A aferição do isolamento é feita pelo Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo, que utiliza dados fornecidos por empresas de telefonia para medir o deslocamento da população e a adesão às medidas estabelecidas pela quarentena no Estado.

MAIS SOBRE O CORONAVÍRUS

Em atualização sobre o avanço da pandemia em território paulista, o Governo do Estado reforçou o alerta em relação ao rápido avanço do novo coronavírus no interior e litoral de São Paulo, em relação a casos e mortes por Covid-19. Em apenas quatro dias, o percentual de novos contaminados fora da Capital praticamente dobrou em relação ao mesmo índice da semana anterior.

Entre os dias 14 e 20 de junho, o interior registrou 17.932 novas contaminações pelo novo coronavírus, enquanto na Capital o total foi de 15.342. Assim, o avanço da pandemia fora da cidade de São Paulo foi 14,5% maior.

Já nesta semana, apenas no intervalo entre domingo (21/6) e quarta-feira (24/6), o interior viu 10.752 novas confirmações de casos, ante 7.670 na Capital – avanço de 28,7% a mais fora da cidade de São Paulo. Também pela primeira vez, o número absoluto de mortes por Covid-19 no interior (6.677) superou o da Capital (6.675) ao longo da pandemia.

ATUAÇÃO DO MUNICÍPIO

Recebeu alta nesta quinta-feira (25/6) o milésimo paciente curado do novo coronavírus no Hospital de Campanha do Complexo Desportivo do Ibirapuera.

A milésima paciente curada na unidade é Terezinha de Jesus da Silva, que volta para sua casa a tempo de comemorar, ao lado da família, seu aniversário de 70 anos, celebrado na próxima segunda-feira (29/6).

Residente na Capital, no bairro do Butantã, a aposentada estava internada no Hospital de Campanha do Complexo Desportivo do Ibirapuera desde o último domingo (21/6).

AÇÕES E ATITUDES

Segundo experimentos conduzidos no Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias da USP (Universidade de São Paulo), pacientes com a forma grave da Covid-19 desenvolvem uma resposta inflamatória descontrolada e lesiva ao organismo, muito similar à observada em casos de sepse.

O estudo, publicado em artigo científico, comprova que, nas duas enfermidades, o mesmo mecanismo imunológico está envolvido. A descoberta abre caminho para novas abordagens terapêuticas para tratar as consequências do novo coronavírus, como a possibilidade de utilização de medicamentos usados hoje para o tratamento de outras doenças.

Conhecida como infecção generalizada, a sepse é, na verdade, uma inflamação sistêmica geralmente desencadeada por uma infecção bacteriana localizada que saiu de controle. Na tentativa de combater o problema, o sistema imune acaba prejudicando o próprio organismo. Nas formas mais graves, os pacientes desenvolvem lesões que comprometem o funcionamento de órgãos vitais e podem acabar morrendo.

* Este conteúdo e outros conteúdos especiais podem ser conferidos no hotsite Coronavírus

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