A prefeitura de São Paulo definiu os protocolos que deverão nortear a retomada de atividades de estabelecimentos dos ramos de produção audiovisual e pesquisa e estúdios de tatuagem e piercing. O conjunto de normas foi elaborado em conformidade com as medidas de segurança sanitária que evitam as transmissões da covid-19. O parâmetro adotado foi o Plano São Paulo, do governo estadual, que detalhou como se dará o processo de reabertura de modo geral.
O protocolo foi formalizado nesta quinta-feira (8), com a assinatura de sete entidades que representam os setores. Profissionais não filiados às entidades também deverão cumprir as mesmas normas.
A condição para que os profissionais voltem a trabalhar é que sigam regras de higienização, que incluem esterilização constante de superfícies, e distanciamento social de, no mínimo, 1,5 metro.
Acordos
De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, 58 entidades já firmaram acordo com a prefeitura para deliberação quanto ao protocolo de reabertura. As propostas são enviadas pelas entidades setoriais para a pasta, que faz a apreciação e as envia para validação da vigilância sanitária.
Confira o protocolo que cada setor deverá seguir:
Audiovisual
Os produtores, câmeras e demais funcionários deverão utilizar equipamentos de proteção durante todo o processo. Atores só poderão retirar a máscara na hora exata da gravação. As filmagens em locais públicos estão proibidas até o fim da pandemia. Será permitido apenas gravações por meio remoto, com deslocamento mínimo de equipe e equipamentos.
O processo de pré-produção deve seguir a modalidade de teletrabalho, sempre que possível. Os projetos deverão ser analisados com cuidado para, se necessário, aumentar o período do cronograma, tendo em vista que será necessário seguir os procedimentos de higienização e sanitização com frequência.
Os roteiros deverão ser adequados de acordo com a nova realidade e limites impostos pela pandemia, evitando cenas que os atores precisem ter contato físico uns com os outros.
Empresas de pesquisa
As empresas deverão fornecer kits de equipamentos de proteção com máscaras de tecido nos padrões recomendados pelo Ministério da Saúde; álcool 70% em spray para higienização dos sapatos; luvas e álcool 70% em gel para higienização das mãos.
Os trabalhadores de campo deverão trocar suas máscaras a cada duas horas e o descarte das luvas após o fim de cada entrevista ou visita a domicílio. Os pesquisadores só poderão entrar nas casas das pessoas se for extremamente necessário e após fazer a higienização adequada dos sapatos.
Antes de iniciar a entrevista, questionar se o entrevistado ou alguma outra pessoa que mora na residência apresentou os sintomas do coronavírus, evitando assim qualquer exposição aos colaboradores de campo.
As orientações de utilização de máscaras, espaçamento entre os colabores e redução de expediente também deverão ser seguidas durante o trabalho dentro do escritório.
Estúdios de tatuagem e piercing
Os orçamentos de tatuagens deverão ser feitos exclusivamente online. Antes de se deslocar até o estabelecimento, o cliente deve tomar banho, higienizando bem o corpo e secando o cabelo. Ao chegar no estúdio, o cliente receberá um propé, uma touca e uma máscara. No caso de lojas com tapete sanitizante, o cliente será orientado a como fazer a limpeza e secagem dos sapatos.
É recomendável que o cliente não leve acompanhantes para a sessão, tendo em vista que só uma pessoa poderá ficar na sala de atendimento durante o procedimento.
Os estabelecimentos deverão agendar os atendimentos com espaço de 40 minutos entre eles. Os funcionários devem usar máscaras cirúrgicas de tripla proteção, sendo trocada a cada quatro horas ou caso a mesma umedeça. Durante os procedimentos é necessário utilizar o protetor facial (face shield) ou óculos de proteção, além dos equipamentos que já são utilizados no dia a dia.
Os tatuadores têm por obrigação embalar com plástico filme de PVC a maca, bancada e tintas que serão utilizadas; fazer o isolamento das máquinas de tatuagem, clipcord e fonte com plásticos próprios para a criação de barreiras dos equipamentos. Após cada atendimento, fazer a desinfecção de nível médio no objetos não passíveis de descarte.
Edição: Fernando Fraga