Mais uma vítima do acidente com o ônibus que caiu de um viaduto da BR-381, na cidade de João Monlevade, na região central de Minas Gerais, morreu na noite deste sábado (5). Trata-se de uma mulher que estava internada em João Monlevade. Os dados pessoais dela não foram divulgados e o corpo já foi transferido para o Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte.
Com mais este óbito, chegou a 19 o total de pessoas que perderam a vida em função da queda do veículo de uma altura de cerca de 30 metros. Segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil de Minas Gerais, outras 15 pessoas estavam internadas em unidades de saúde de João Monlevade (12) e de Belo Horizonte (3) até o fim da tarde de ontem. Um novo balanço deve ser divulgado em breve.
Vítimas identificadas
Treze das vítimas fatais já foram identificadas, mas suas identidades não foram oficialmente divulgadas. Transferidos para o IML de Belo Horizonte, onde parentes das vítimas estão sendo acolhidos por psicólogos e assistentes sociais, os corpos já reconhecidos foram liberados para as famílias.
Segundo a médica legista Tatiana Telles Koeler Matos, coordenadora da Medicina Legal do Interior de Minas Gerais, os corpos estão sendo transferidos de João Monlevade para Belo Horizonte devido, entre outros fatores, às melhores condições de acolher às famílias das vítimas. “Todas as necrópsias já foram realizadas e continua o acolhimento às famílias, com todo o aparato de assistência social.”
Acidente e investigações
Quarenta e cinco pessoas estavam a bordo do ônibus da empresa JS Turismo, que saiu de Mata Grande (AL) com destino a São Paulo. Destas, sete sofreram ferimentos leves, foram atendidas e receberam alta. Outros três passageiros não precisaram de atendimento hospitalar. E uma pessoa não foi localizada.
Segundo o delegado regional Paulo Tavares Neto, responsável pelo inquérito instaurado para apurar as causas e responsáveis pelo acidente, a pessoa ainda não encontrada é o motorista do ônibus. Ainda de acordo com o delegado, os responsáveis legais pela JS Turismo ainda não entraram em contato com as autoridades policiais alagoanas ou mineiras.
“A empresa não se pronunciou”, afirmou Neto, revelando que algumas testemunhas ouvidas preliminarmente apontaram que o veículo pode ter sofrido algum problema momentos antes do acidente. “Algumas testemunhas apontam que pode ter havido uma falha mecânica, mas vamos depender da perícia técnica para esclarecer isto. Vamos fazer novas oitivas e esperar as conclusões da perícia técnica para que possamos ter uma conclusão efetiva sobre como o acidente aconteceu, e para podermos apontar responsabilidades”, acrescentou o delegado.
Logo após o acidente, ocorrido na sexta-feira (4), o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgou que, segundo relatos de passageiros e de outras testemunhas, o ônibus teria perdido tração ao atravessar a ponte e chegar a uma subida. O veículo teria voltado de ré, desgovernado, até atingir a mureta da chamada Ponte Torta e cair sobre uma linha de trem.
Edição: Nélio de Andrade