“Os resultados dos indicadores econômicos mostram a recuperação consistente da economia, assim como um acerto das medidas governamentais adotadas para mitigar os efeitos adversos provocados pela Covid-19”. A análise é do coordenador-geral de Modelos e Projeções Econômico-Fiscais, da Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Economia, Sérgio Gadelha, durante apresentação da Conjuntura Macroeconômica e Arrecadação Bruta de Tributos Federais nessa quinta-feira (25).
De acordo com a SPE, o avanço do Índice do Banco Central de Atividade (IBC-Br), que é um indicador prévio do Produto Interno Bruto (PIB), tem refletido as altas da produção industrial e destaca o crescimento da indústria pelo oitavo mês seguido.
De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços permaneceu estável. “É natural que esse setor se recupere mais lentamente porque são os mais dependentes do fim do isolamento social para poderem operar em plena capacidade”, explicou Gadelha. E completou: “À medida que as incertezas forem diminuindo, com avanços na imunização e a reabertura da economia, o setor de serviços tende a ser beneficiado”.
Para Sérgio Gadelha, a melhora na atividade econômica se mantém em um contexto de progressão apropriada do processo de vacinação, bem como no acerto das medidas governamentais adotadas para mitigar os efeitos da Covid-19.
Mercado de trabalho
Os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram a tendência da retomada econômica em curso e o saldo de empregos formais em cada mês do ano de 2020 evidenciam a recuperação em V do mercado de trabalho brasileiro.
“As medidas econômicas do Governo para a preservação de emprego e renda começaram a surtir efeito já a partir de maio de 2020, revertendo a tendência de aumento da distribuição líquida de empregos formais”, apontou Gadelha.
Arrecadação
A arrecadação total em janeiro de 2021 foi muito próxima do esperado pelo mercado, com o menor índice de erro nos últimos 12 meses. O estudo alerta que ainda se espera elevados erros de previsão devido à dificuldade de se fazer projeções em meio a uma crise sanitária.
“As projeções de mercado sobre a arrecadação federal continuam a indicar expectativas de retomada da atividade econômica, que tem se verificado ainda mais fortemente do que esperado pelo mercado, na arrecadação”, destacou o coordenador-geral de Modelos e Projeções Econômico-Fiscais.
Com informações do Ministério da Economia