A estação de condicionamento prévio (ECP) que integra o sistema de disposição oceânica (SDO) de efluente do Rio Vermelho, em Salvador, voltou a bombear efluente para o emissário submarino do Rio Vermelho, nesta terça-feira (10), por volta das 5h, após a conclusão de serviços de manutenção preventiva em seus equipamentos eletromecânicos e hidráulicos iniciados na segunda-feira (9), às 20h. Foram nove horas de trabalho realizado em várias frentes, durante a noite e a madrugada, visando parar pelo menor tempo possível o funcionamento da estação e, assim, evitar transtornos e impactos na foz do rio Lucaia e nas praias na faixa que vai do Rio Vermelho até a Barra.
Técnicos do laboratório central da Embasa continuam hoje pela manhã, nessa faixa de praias, o trabalho de coleta de amostras de água do mar em pontos onde o efluente possa estar retido, mesmo com o processo de diluição e dispersão pelo movimento da maré e das correntes existentes nesta faixa. O trabalho de coleta e análise das amostras realizado pelos técnicos do laboratório da Embasa ocorrerá diariamente e os resultados serão entregues ao Inema até que atestem que as praias estão balneáveis.
“Acreditamos que, devido a essa parada de apenas nove horas, o impacto nas praias seja rapidamente dissipado pelo movimento da maré, que nessa época do ano apresenta muita energia e potencial para diluição e dispersão. O esforço da Embasa, após a conclusão desse serviço será o de acompanhar a qualidade da água das praias entre o Rio Vermelho e a Barra, para entender qual a dimensão do impacto e informar ao Inema para que o órgão avalie a condição de balneabilidade das praias”, declara o superintendente de esgotamento sanitário Flávio Lordello.
A estação do Lucaia cumpre a função de retirar sólidos grossos e partículas finas de cerca de 73% do esgoto coletado na capital baiana. Do seu funcionamento depende a destinação adequada de efluente pelo emissário submarino do Rio Vermelho, tubulação subaquática com quase 3 quilômetros de extensão que dispersa esgoto condicionado a uma profundidade de 27 metros, sem risco de degradação ambiental da flora e fauna marítimos.
O SDO do Rio Vermelho tem licença do Ibama para lançar efluente no oceano e recebe frequentes manutenções preventivas para evitar paradas longas que causem extravasamento nas praias de Salvador.
Fonte: Ascom/Embasa