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Virada Amazônica une teatro, sustentabilidade e saberes tradicionais em Manaus e comunidades ribeirinhas

Projeto inédito leva espetáculos premiados, oficinas culturais e intercâmbio artístico entre o centro urbano e a floresta amazônica

FOTO: Divulgação

Manaus e duas comunidades ribeirinhas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro recebem, nesta sexta-feira (4/07) a 1ª edição da “Virada Amazônica – Arte e Sustentabilidade”, um festival inédito que promove a conexão entre teatro, educação ambiental e saberes tradicionais. O evento segue até o dia 13 de julho,

O projeto é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da BASF, é realizada pelo Ministério da Cultura, Entre Mundos Produções Artísticas, Academia Amazônia Ensina (Acae) e BASF, com a Trupe Ave Lola, com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

A programação relaciona 11 apresentações teatrais nacionais, oficinas de formação artística para crianças e jovens e encontros de intercâmbio entre artistas da Amazônia e de outras regiões do Brasil. As ações ocorrem em Manaus, nos espaços administrados pelo Governo do Amazonas, como o Teatro Amazonas e Centro Cultural Palácio da Justiça, além das comunidades do Tumbira e Santa Helena do Inglês, localizadas a 64 quilômetros da capital amazonense.

Entre os destaques está o espetáculo “Manaós – Uma Saga de Luz e Sombra”, da Trupe Ave Lola (Curitiba/PR), que abre o festival com sessões nos dias 4, 5 e 6 de julho no Teatro Amazonas. A peça premiada retrata a Manaus de 1911, durante o ciclo da borracha, por meio da trajetória de três mulheres de diferentes povos. A estreia desta sexta-feira (4/7) será voltada a escolas públicas, pessoas com deficiências (PcDs) e comunidades de baixa renda, com ingressos gratuitos. Para as demais sessões é necessário a aquisição de ingressos.

FOTO: Divulgação

“É uma alegria imensa trazer este espetáculo para a Amazônia. “Manaós” é uma homenagem à floresta e às suas histórias, contada com afeto, humor e muita sensibilidade”, afirma a diretora da peça e da Trupe Ave Lola, Ana Rosa Tezza.

Nas comunidades do Rio Negro, os espetáculos serão gratuitos para os moradores locais. Serão encenadas as obras “As Cores da América Latina”, do Panorando Cia e Produtora (Manaus), a estreia de “Romeu e Julieta” e “Capivaras Rebeldes”, ambos da Trupe Ave Lola.

Além das apresentações, a Virada Amazônica oferece oficinas gratuitas de Interpretação Teatral e Dança, Música para Teatro e Escrita Criativa, com artistas e educadores experientes como Helena Tezza, Ane Adade, Arthur Jaime, Breno Monte Serrat e Ana Rosa Tezza.

“Nosso objetivo é ir além da formação artística, queremos fortalecer o pensamento crítico e o sentimento de pertencimento à floresta, por meio de experiências que conectam arte, educação e sustentabilidade”, destaca Maria Eugênia Tezza, idealizadora da Virada Amazônica.

A programação em Manaus também inclui o evento especial “Norte e Sul: encontro entre trupes e artistas”, que acontece no sábado, 5 de julho, das 9h às 11h, no Centro Cultural Palácio da Justiça. A proposta é fomentar a troca entre coletivos e criadores da região amazônica com artistas de outras partes do país.

FOTO: Divulgação

A “Virada Amazônica” é o resultado de mais de uma década de diálogo entre educadores, ambientalistas e artistas com as comunidades da Amazônia. É um passo importante para democratizar o acesso à arte e fortalecer a autonomia cultural dos territórios tradicionais”, ressalta Laura Tezza, diretora executiva do projeto.

A Virada Amazônica mobiliza cerca de 30 artistas, produtores e técnicos, e gera mais de 150 empregos diretos e indiretos. Um documentário e uma série de podcasts estão sendo produzidos para registrar o projeto e valorizar os saberes das comunidades envolvidas.

“Para muitos moradores será a primeira vez que verão uma peça de teatro ao vivo. O projeto nasce desse desejo de aproximar a arte de quem raramente tem acesso a ela”, afirma Dara van Doorn, diretora de produção.

“É um acontecimento para essas comunidades, que recebem não apenas espetáculos, mas também oficinas de arte e música que ampliam horizontes”, explica Ivânia Palmeira, consultora de engajamento social da empresa.

Fonte: Agência Amazonas de Notícias

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