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Governo do Estado realiza ações emergenciais na Comunidade da Sharp, para reduzir impactos das chuvas

Dentre as medidas tomadas, a UGPE realizou o reassentamento antecipado de 38 famílias, a limpeza e dragagem do Igarapé do Quarenta

Foto: Tiago Corrêa/UGPE

O Governo do Amazonas iniciou a retirada emergencial de 38 famílias de área de risco iminente, na Comunidade da Sharp, bairro Armando Mendes, zona leste, além de outras medidas, como a limpeza e dragagem do Igarapé do Quarenta, para reduzir os impactos das chuvas, que seguem intensas nesse período de “inverno amazônico”. A área faz parte do perímetro de obras do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+).

Das áreas do Prosamin+, Comunidade da Sharp, zona leste, e Manaus 2000, na zona sul, já foram reassentadas 1.434 famílias, na programação normal que segue o avanço das obras. As que estão saindo agora fazem parte da ação emergencial, que vem sendo conduzida pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, responsável pelo programa.

Entre quinta-feira (27/03) e a tarde desta sexta-feira (28/03), 11 famílias deixaram o local e estão sendo atendidas por meio do aluguel social, até a solução definitiva de moradia. No início deste mês, 103 famílias que tiveram as casas alagadas devido aos temporais já haviam sido atendidas em uma força-tarefa montada pelo Governo do Estado.

A retirada das famílias, conforme explica o secretário da Sedurb, Marcellus Campêlo, integra as medidas emergenciais em decorrência dos temporais registrados na capital. A UGPE, segundo ele, também está realizando serviços de dragagem e limpeza do igarapé do Quarenta, para dar vazão às águas da chuva e evitar novos alagamentos na área.

Marcellus Campêlo observa que o órgão está atuando em várias frentes, conforme orientação expressa do governador Wilson Lima, para minimizar os riscos e oferecer condições dignas de moradia para essas famílias. “A retirada emergencial dessas famílias para locais mais seguros é uma das medidas para evitar situações adversas. Mas, paralelo a isso, seguimos avançando com a construção das unidades habitacionais na Comunidade da Sharp, além de obras de drenagem e construção da ponte da Autaz Mirim”, informou Marcellus Campêlo.

A ponte da avenida Autaz Mirim vai substituir uma antiga galeria que existia no local, reduzindo os riscos de alagações para as famílias que residem na área. Os serviços de micro e macrodrenagem já foram iniciados e foram executados 220 metros de canal concretado sob o Igarapé do Quarenta.

Foto: Tiago Corrêa/UGPE

Para conter o impacto das chuvas na Comunidade da Sharp, a UGPE está realizando um trabalho de limpeza manual no Igarapé do Quarenta, com a retirada de resíduos sólidos, e o corte de árvores de médio e grande portes, que estão atravessadas dentro do igarapé, e que comprometem o curso das águas. Pelo menos oito árvores caídas dentro do igarapé já foram retiradas por trabalhadores da obra do Prosamin+ com ajuda de motosserras. Os serviços de dragagem também estão sendo executados, para prevenir novos alagamentos, além de garantir a vazão do fluxo de água.

Alívio para as famílias

Além dos trabalhos de sensibilização com os moradores, a UGPE está viabilizando a mudança das famílias para o local onde deverão ficar temporariamente alojadas. O aluguel social será pago às famílias pelo Prosamin+, até a finalização do processo pela Superintendência Estadual de Habitação (Suhab).

Há 13 anos morando na Comunidade da Sharp com os quatro filhos, o genro e uma neta, a dona de casa Eliane Rios de Souza, 45, disse que ficou aliviada com a saída do local para uma área mais segura, nesta sexta-feira (28/03). “Não estava mais dormindo direito, com medo da chuva. Mas, Graças a Deus, estamos indo para um lugar mais seguro. Não ficaremos mais na apreensão de que algo possa acontecer, principalmente quando chove”, relata Eliane, que será atendida por aluguel social, enquanto estiver morando no Nova Vitória, zona leste.

Foto: Tiago Corrêa/UGPE

A cabeleireira Sara Cristina Nascimento de Souza, 29, deverá sair nos próximos dias da Comunidade da Sharp. Ela conta que já está em busca de um lugar para morar com o marido e os três filhos, já que também será atendida por aluguel social. “A situação aqui é preocupante, porque o risco de as árvores caírem durante um temporal mais forte é grande. Desde que ocorreu a queda do barranco passamos a ficar com mais medo”, salienta.

Residenciais

O Prosamin+ prevê a construção de 808 unidades habitacionais. Já entregou o conjunto Rodrigo Otávio, em 2023, com 32 apartamentos, no Japiim, zona sul, e agora caminha para concluir o Residencial Maués, na Cachoeirinha, zona sul, com 72 unidades.

Do total previsto, tem ainda 512 unidades que serão construídas na Comunidade da Sharp, onde já estão em andamento 176 apartamentos, a serem entregues até o final deste ano. Tem mais 160 entre as avenidas Silves e Maués e 32 na Manaus 2000.

Fonte: Agência Amazonas de Notícias

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