Os 15,1 mil pacientes atendidos pelo Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) do Amazonas contam, atualmente, com 97,3% de abastecimento de medicamentos de alto custo. A marca foi alcançada após o governador Wilson Lima assumir o Governo do Estado, em janeiro de 2019.
De acordo com a gerente do Ceaf, Herbenya Peixoto, a porcentagem de abastecimento foi atingida graças à melhoria do fluxo interno, que desenvolveu o trabalho de colocar os itens em atas de registro de preço para suprirem a demanda da população.
“Conseguimos isso no começo do ano, e a gente vem usufruindo dessas atas de registro de preço que têm se mostrado uma estratégia suficiente para atender à demanda do Estado”, disse.
Com as melhorias, a gerente destacou que mais pacientes tiveram acesso aos medicamentos de alto custo. Ela também ressaltou que a secretaria segue obedecendo ao que determina a legislação, em que se busca a negociação pelo melhor preço para o Estado, otimizando o recurso público e ofertando medicamentos para um número maior de pacientes, por um valor menor.
Distribuição – Durante o pico da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o Ceaf adotou novas medidas para a dispensação dos medicamentos, a fim de evitar maior circulação dos pacientes. Assim, os medicamentos que possuem estoques são dispensados para os pacientes utilizarem por três meses, principalmente os de aquisição do governo estadual.
Segundo a gerente do Ceaf, aproximadamente 30% dos medicamentos são de responsabilidade do Estado, e os demais são de responsabilidade do Governo Federal.
Herbenya ressaltou a importância de se manter o estoque sempre abastecido. “O Ceaf lida com medicamentos de alto custo, então a falta do medicamento aqui é algo muito preocupante para o paciente, porque ele não consegue resolver o problema dele indo simplesmente a uma drogaria. São medicamentos, às vezes, indisponíveis no varejo farmacêutico”, explicou.
No entanto, durante o pico da pandemia do novo coronavírus, pacientes do Amazonas não sofreram com a falta de medicamentos como Imunoglobulina, Enoxaparina e Micofenolato de Mofetila – distribuídos pelo Ministério da Saúde -, como ocorreu no restante do país, por conta da mobilização do Ceaf, que possuía ata de registro de preço dos itens, que continuaram sendo dispensados.
Tempo de espera – Também fruto da organização do fluxo de processos internos do Ceaf, o tempo de espera para a retirada da medicação reduziu de três horas para até 40 minutos.
“Temos relatos de pacientes que vinham buscar o medicamento e tinham que dispor de um tempo maior. Hoje, na primeira semana do mês, a dispensação ocorre em até 40 minutos e nas demais semanas em até 30 minutos”, contou Herbenya.