Integrando a força-tarefa do Governo do Estado que investiga e acompanha a população atingida pelo dano ambiental causado por práticas irregulares em um garimpo ilegal, localizado em Pedra Branca do Amapari, especialistas da Polícia Científica do Amapá (PCA) foram acionados para realizar as perícias ambientais com coleta e análise de materiais e varredura com drones.
A atuação da Polícia Científica visa garantir que o suposto crime ambiental na região seja rigorosamente investigado tendo as provas materiais para produzir os laudos periciais necessários, levando a prova técnica para o inquérito policial e futuro processo judicial.
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No local, foram coletados vestígios que serão submetidos a análises laboratoriais para chegar à verificação da conduta geradora do estrago ambiental no Rio Cupixi, que teve a coloração da água modificada em uma grande extensão, e na área devastada na floresta.
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“Foram coletadas amostras da água no local para análise químicas e bacteriológicas buscando evidências de contaminação por metais pesados ou outros tipos de materiais empregados na mineração. Com os laudos das amostras da atual situação da água do Rio Cupixi, vamos poder subsidiar a investigação da Polícia Civil para chegar aos responsáveis”, explicou Marcos Ferreira, diretor da PCA.
Outra ferramenta que está sendo utilizada pelos peritos é o drone, que emprega uma abordagem moderna e eficiente para a investigação de crimes ambientais, monitoramento de áreas protegidas e levantamento de evidências para a perícia criminal-ambiental.
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A aeronave possui câmeras multiespectrais que permitem análises detalhadas da vegetação e da qualidade ambiental, sensores térmicos que auxiliam na detecção de incêndios e atividades ilegais noturnas, GPS de alta precisão, que faz o georreferenciamento e levantamento topográfico, além da criação de mapas tridimensionais para perícias mais detalhadas.
“O uso de drones permite obter imagens e vídeos de alta resolução, acessar locais de difícil alcance e coletar dados geoespaciais precisos. O equipamento ajuda ainda na redução de custos operacionais e tempo de análise, por ter acesso a áreas remotas e perigosas sem expor peritos a riscos e coleta de provas com alto nível de detalhamento e precisão”, frisou o diretor.
Fonte: Agência de Notícias do Amapá