Realizada pelo Governo do Amapá, na Escola Estadual Professora Maria de Nazaré Rodrigues da Silva, no município de Laranjal do Jari, a palestra “Papo de Mulher” reuniu cerca de 150 pessoas, entre alunos, professores e corpo técnico, para apresentar e debater sobre os tipos de violência e direitos adquiridos, como respeito e liberdade.
A atividade, coordenada pelo Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram), de Laranjal do Jari, tem o objetivo de conscientizar a respeito do enfrentamento à violência contra mulher, alertando sobre o número de casos que acontecem diariamente no Amapá e em todo o Brasil, e a forma como devem ser combatidos.

A coordenadora do Cram, Marília Moura, destacou que após a apresentação da palestra foi organizada uma roda de conversa em que foram tratados assuntos como a cultura da mulher submissa, que depende financeiramente do marido.

“Esses padrões influenciam diretamente no aumento da violência e são usados como forma de dominação pelo sexo masculino. É preciso que todos saibam que a violência doméstica é crime e que há formas de ser evitada e punida. Tivemos também, a oportunidade de mostrar nosso trabalho para a população, a fim de que saibam que tem onde recorrer”, destacou a coordenadora.
As políticas públicas desempenham um papel fundamental no que diz respeito às mulheres na sociedade e no ambiente de trabalho, e propiciam condições de fornecer proteção legal contra a discriminação, assédio e violência de gênero.
O Governo do Amapá tem contribuído para promover a igualdade de chances e fomentar programas que garantem serviços de capacitação e incentivo para as mulheres poderem participar em todos os setores da sociedade. Marcos Bararuá, de 33 anos, é professor de História. Ele participou da ação e contou que ficou sabendo por meio da divulgação feita pela escola.
“Considero essencial que as pessoas sejam conscientizadas sobre a violência contra as mulheres. O resultado da atividade foi positivo e educativo, chamando atenção para um grande problema que a sociedade enfrenta. Crimes exacerbados, de violência contra mulher, como feminicídio e misoginia têm crescido, principalmente nas redes sociais. O fato é que as mulheres têm os mesmos direitos que os homens”, frisou o professor.

A propagação da violência de gênero ocorre, principalmente em decorrência da desinformação e do direito à liberdade de expressão, mas precisa existir limitações e responsabilização cível e criminal pelos atos cometidos contra a mulher, sejam eles materiais ou morais.
A diretora da Escola, Rosinilda Saraiva Furtado, de 49 anos, ressalta que se fosse possível, todos os dias deveria acontecer uma ação, não só nas instituições escolares, mas em outros ambientes, para conscientizar a respeito dos direitos das mulheres.

“É muito importante disseminar informações sobre a violência contra a mulher, física ou emocional. Já passei por situações similares, fui agredida fisicamente, e imediatamente tomei as medidas cabíveis na Justiça, para que não se repetisse. É pouco provável que o agressor modifique seu comportamento, então o melhor a fazer é procurar ajuda nas instituições. Que bom, que entre outros locais, temos o Cram para nos dar apoio”, ressaltou.
Fonte: Agência de Notícias do Amapá