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Cooperação entre Polícia Civil e Detran desarticula esquema de fraudes em emissão de CNH


Uma cooperação entre a Polícia Civil do Amapá e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AP) desarticulou um esquema de fraudes na emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A Polícia Civil deflagrou na madrugada desta terça-feira, 22, a Operação Carta Fria que já cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Macapá, Oiapoque e São Paulo.

Os mandados têm como alvo uma organização criminosa que contava com apoio de uma servidora do setor de Registro de CNH (Detran/AP). Apenas neste ano, o esquema movimentou cerca de R$700 mil. A Polícia Civil apreendeu diversos documentos e mais de R$ 8 mil em dinheiro e também bloqueou contas bancárias onde estão depositados R$ 24 mil.

A operação teve início após denúncia protocolada junto à Corregedoria do Detran/AP. Um procedimento interno administrativo do departamento constatou as fraudes e a Polícia Civil foi acionada para investigação criminal e coleta de provas da ocorrência dos crimes.

De acordo com o delegado Estéfano Santos, as fraudes eram praticadas por uma rede de agenciadores que cooptavam pessoas para compra de CNHs.

“Um desses agenciadores é um indivíduo que mora em São Paulo e fez altas transferências bancárias para os integrantes da organização criminosa em Macapá. Parte do valor era repassado para a servidora do Detran, que era encarregada da emissão de CNH em troca da propina”, explicou Santos.

Segundo as investigações, a servidora fraudava o sistema informando nacionalidade estrangeira dos compradores e fazendo apenas o requerimento da CNH brasileira.

“Somente agora, em 2020, foram catalogadas 76 pessoas, todas brasileiras, que tinham documento emitido como se fossem estrangeiros, mediante a inserção de dados falsos no sistema. As investigações ainda estão limitadas até este ano, mas já iniciamos o levantamento dos anos anteriores e os números de CNH’s emitidas indevidamente podem mais que triplicar”, acrescentou o diretor-presidente do Detran, Inácio Maciel.

Os documentos e dinheiro apreendidos servirão para avançar nas próximas fases da investigação. Os envolvidos podem responder pelos crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, além de corrupção ativa e passiva.

A Polícia Civil do Estado de São Paulo também atua na investigação.

Fonte: Governo AP

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