Dando continuidade à programação do 1º Encontro de Pessoas Trans, Travestis e Não-Binárias do Amapá, que celebra o “Dia Nacional da Visibilidade Trans”, comemorado na quarta-feira, 29, o Governo do Estado realiza oficinas e debates com a comunidade, no Cine Territorial da Escola Estadual Barão do Rio Branco, no Centro de Macapá.
O “adesivaço” nas escolas públicas, realizado no dia 28, abriu as atividades e foi promovido pelo Centro de Referência e Acolhimento às Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (Ama-LBTI, que integra a Secretaria de Políticas para Mulheres (Sepm), especializado no atendimento de pessoas em situações de vulnerabilidade social e emocional.

“Começamos a programação com o ‘Adesivaço’ pelas escolas da rede pública do estado, porque é onde tudo começa. É fundamental essa conscientização dos estudantes, não é mais aceitável tratar a transfobia como bullying, pois existe uma legislação que ampara os direitos da população”, disse a coordenadora do Centro Ama-LBTI, Simone de Jesus.
A servidora da Secretaria de Mobilização e Participação Popular, Geni Frota, responsável pelo debate com o eixo: ‘Educação e Cultura como Formação e Transformação’, falou da importância da iniciativa para o desenvolvimento da sociedade.

“Temos quatro eixos dentro da programação, vamos tratar das necessidades de diferentes lugares, porque tem representatividades de vários municípios, o que nos permite ouvir realidades diferentes. É fundamental estamos aqui lutando pela dignidade humana, pois não é justo que a comunidade precise gritar para se tornar visível, só precisamos cumprir minimamente o que diz a Lei, porque ela protege todas as pessoas”, ressaltou.
Geni ressaltou ainda, que ao final dos debates, a ideia é formular uma carta-compromisso que será apresentada aos “Três Poderes”, como forma de promoção e garantia de direitos da população.

Para o estudante, Wenderson Karipuna, de 21 anos, natural de Oiapoque e que reside em Macapá há 6 anos, o encontro ajuda a combater o preconceito. “É importante discutimos pautas que ajudem a diminuir o preconceito, o racismo e a discriminação que ainda é muito grande, contra as pessoas que querem suas identidades”, destacou.
A programação encerra nesta sexta-feira, 31, com serviços de saúde, cidadania e bem-estar, além de shows culturais, com presença de artistas da comunidade, em frente à Casa do Artesão.
Fonte: Agência de Notícias do Amapá