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Níquel em Goiás

A Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) realizou, nesta sexta-feira, 10, visita técnica à unidade operacional de níquel da mineradora Anglo American, localizada no município de Barro Alto. A visita foi guiada pela gestora de assuntos institucionais da empresa, Candida Bicalho. Além de Lineu Olimpo (MDB), presidente do colegiado, o prefeito de Barro Alto, professor Álvaro Machado (MDB) e a gerente de mineração da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio de Goiás (SIC), Lívia Parreira também acompanharam a visita.

De início, houve a apresentação da diretoria da empresa e um breve histórico da organização. Presente no Brasil há 50 anos, a Anglo American opera nos Estados de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com foco na extração de níquel em Goiás e mineiro de ferro nas outras duas unidades federativas. A unidade de Níquel em Barro Alto possui 1,4 mil funcionários próprios, 3,1 mil terceirizados e tem um potencial de extração de 44 mil toneladas de níquel por ano. A empresa é, ainda, referência nacional em segurança do trabalho, sobretudo pelo elevado grau de periculosidade da operação (nível 4 – o mais alto na escala). A área de mina da unidade conta com aproximadamente 77 quilômetros de extensão em estradas.

O diretor de Operação de Níquel da Anglo American, Eduardo Evangelista, destacou que o minério é essencial para a transição energética e a força do Estado no setor. “Hoje, nós conheceremos o impacto positivo do processo produtivo na disciplina de minas e energia. O mundo tem falado de energia limpa e o níquel é um mineiro limpo. E o potencial de Goiás, pensando em mineração, é muito grande”, observou.  

Em sua fala, o diretor agradeceu a presença da imprensa da Alego e pontuou que o trabalho de divulgação é crucial para trazer à sociedade o conhecimento e a compreensão sobre o tema. Eduardo afirmou que a mineração é uma das atividades humanas mais antigas e completou que, atualmente, o processo não é arcaico. Por fim, ele observou a harmonia da empresa com a sociedade, sobretudo pela geração direta de emprego e o desenvolvimento de fornecedores que apoiam a Anglo American, como o município de Barro Alto e Niquelandia. 

Livia Parreira, que representou a SIC no evento, também reafirmou a força do setor para a economia estadual. Em 2020, 56,37% da produção nacional de níquel veio de Goiás, informou a gerente de Mineração da pasta.

Diálogo entre o setor e a Comissão.

Lineu Olimpio comentou que o mundo tem vivenciado as mudanças climáticas, a transição energética e o processo de descarbonização. Nesse sentido, ele destacou que a solução para essa crise é o investimento em mineiras limpos, como o níquel. “É um mineral importante porque serve de matéria prima para os matérias que vão ser utilizados nessa transição energética. Então, nós, da Comissão de Minas e Energia, temos de levar essa discussão para um ambiente ainda maior. Uma discussão em conjunto, entre iniciativa privada e Poder Público, de modo a encaminhar as soluções sustentáveis com mais celeridade”, disse.

 O legislador comentou, ainda, exemplos da aplicação do níquel. “O níquel é primordial, por exemplo, na confecção do aço inoxidável, produção de baterias. Então, assim, essa visita da Comissão traz ainda mais conhecimento que servirá como norteador para estabelecermos novas e efetivas políticas públicas para o setor”.

Tomas Nemes é gerente de Relações Institucionais e Governamentais da empresa e comentou sobre a importância da visita do comegiado à unidade. “Nós precisamos engajar a comunidade em relação à nossa atividade, ao nosso setor. A presença do deputado e de sua comitiva é oportuna para gente explicar, escutar e entender as pautas da Comissão, em busca de sinergia e de potencializar, ainda mais, a mineração em Goiás”, frisou. Ele também comentou que é importante desmistificar e aproximar a informação técnica da população, além de buscar parcerias entre diversos setores.

Trabalhos do colegiado

Lineu Olimpio destacou, ainda, o trabalho da Comissão, no dia a dia da Alego, discutindo e elaborando projetos de leis que fomentem o setor de minérios em Goiás. Contudo, ele completou que os trabalhos também precisam ser in loco. “O que propomos ali na Comissão não é apenas discutir as questões de leis e propostas que chegam ao Parlamento. É importante para nós ter esse conhecimento geral, vivenciar essas atividades in loco, conhecer o funcionamento de uma planta de minério aqui em Goiás. Então, é crucial conhecer essa questão operacional, entender como é produzido esse mineral e a tecnológica que aqui é colocada em prática. E claro, ter a ciência de que o desenvolvimento passa para além das questões econômicas e ambientais, passa pelas questões sociais. E isso ficou evidente ao longo dessa visita e das apresentações que foram feitas. Sem dúvida nenhuma, nós saímos daqui com um conhecimento ainda maior da produção, conservação, exploração e do resultado final”, encerrou.

Durante o tour pela unidade, a comitiva da Comissão visitou a área 2 da mina, onde o produto bruto é extraído. Na sequência, o grupo seguiu para o mirante da planta, onde foi possível observar todas as fases do processo, que é bastante complexo. Por fim, a equipe conheceu a área de expedição, um galpão onde o produto final (níquel granulado) é armazenado e, posteriormente, colocado nos caminhões para distribuição em todo o País. A empresa serviu um almoço para os visitantes e, no final do evento, foi apresentado um projeto social que a organização apoia no município de Barro Alto, para incentivar pessoas com deficiência à prática do basquete, sobretudo os cadeirantes.

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

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