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Na Alego, ações reforçam a importância da prevenção e conscientização da população no combate ao Aedes aegypti

Conforme instituído pela Lei Federal 2.235/2010, no penúltimo sábado de novembro, é  o Dia Nacional de Combate à Dengue. Em 2023, a data caiu no dia 18, e a intenção é mobilizar iniciativas do poder público e a participação popular para ações de combate ao vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti

A dengue é uma doença viral transmitida a partir da picada do Aedes aegypti, que se reproduz em locais onde há água parada. O aumento de chuvas característico desta época do ano costuma resultar na alta da proliferação do inseto, daí a necessidade de lembrar a população as medidas para evitar o alastramento do responsável por transmitir não apenas a dengue, mas também a chikungunya e a zika.

Conforme o Ministério da Saúde (MS), a fêmea do mosquito precisa picar uma pessoa infectada com um dos quatro sorotipos do vírus para, então, transmitir a dengue ao morder um segundo indivíduo. A gravidade da doença varia conforme o tipo, do 1 ao 4, podendo causar desde um quadro leve até a morte. 

Em geral, os sintomas incluem febre maior que 38º, dores de cabeça, no corpo e articulações, além de fraqueza, manchas vermelhas e coceira na pele. As variantes mais graves apresentam, também, dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

Todos são suscetíveis à dengue, mas crianças, idosos, grávidas e pessoas com doenças crônicas estão no grupo de risco para o desenvolvimento de complicações. 

A psicóloga Kaoma Aleixo já teve dengue duas vezes e afirma que a infecção foi uma das piores que já enfrentou na vida. “Senti muita dor no corpo e tive febres altíssimas. Era tanto mal estar que não conseguia repousar. Isso sem contar que os remédios não ajudam a passar mais rápido, só controlam os sintomas”, conta.

Não há  tratamento específico para a dengue. De acordo com a avaliação médica, são recomendadas medidas como repouso, ingerir bastante água e não tomar medicamentos por conta própria. Pode ser recomendada também a hidratação com soro nas veias. Em caso de suspeita, é fundamental procurar um profissional de saúde para ter o diagnóstico correto.

Em Goiás

Em 2022, segundo boletim do MS, foram 1.450.270 casos no Brasil. Goiás foi o estado da região Centro-Oeste que mais registrou ocorrências de dengue: 214,7 mil.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) apontam que, em 2023, já são 106.877 notificações de possíveis infecções, sendo 60.394 confirmadas. Os dez municípios com maiores taxas são, em ordem decrescente, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Jataí, Rio Verde, Luziânia, Águas Lindas de Goiás, Novo Gama, Trindade e Formosa. 

Há 45 óbitos suspeitos e 25 confirmados. A maioria, cinco confirmados e 13 suspeitos, em Goiânia. Logo em seguida, Caldas Novas registrou três falecimentos pela doença comprovados e, em São Simão, Cavalcante e Padre Bernardo, houve dois em cada cidade.

Conforme o mapa de incidência das últimas quatro semanas, Goiás possui sete municípios considerados de alto risco para a doença, com Ouvidor, Adelândia e Jataí no topo do ranking. Há 19 cidades classificadas como de médio e 220 como de baixo risco. 

A SES-GO ressalta que, apesar de o período de chuvas não ter começado, as chuvas irregulares em Goiás nas últimas semanas acendem o sinal de alerta do Governo para o aumento de casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Em outubro, foram identificados, em média, mais de mil casos por semana. 

Para evitar o agravamento da situação, prevenir é o melhor caminho, o que pode ser feito com condutas simples e rotineiras. Em cada imóvel, deve-se limpar e verificar regularmente os pontos de possível acúmulo de água para evitar a proliferação do mosquito. Por exemplo, vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção e, até mesmo, em recipientes pequenos, como tampas de garrafas. O ovo do vetor, em contato com a água parada, leva em média sete dias para se transformar em mosquito adulto. 

A cartilha “Dez minutos contra o aedes”, do Instituto Oswaldo Cruz, traz um guia de ação semanal e pode ajudar na tarefa de cada cidadão para interromper o ciclo de vida do agente transmissor. 

Além disso, para diminuir o risco de contágio, é possível investir no uso de repelentes e inseticidas e na instalação de redes mosquiteiras em janelas e camas.

Ações da Alego

Em Goiás, há sete anos, entraram em vigor duas legislações aprovadas pelo Parlamento goiano para reforçar a conscientização e o combate ao mosquito transmissor da dengue em território goiano. 

A Lei nº 19.298/2016 institui o Dia Estadual do Combate à Dengue, a ser comemorado, anualmente, no dia 5 de dezembro. Enquanto isso, a Lei nº 19.380/2016 dispõe sobre a campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti, realizada, preferencialmente, nos meses de novembro de um ano até março do ano subsequente.

Atualmente, há propostas que abordam a prevenção e o combate à dengue em trâmite na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). O deputado Paulo Cezar (PL) propõe, com a matéria no 2711/23, assegurar a disponibilização gratuita e permanente da vacina contra a dengue. 

Segundo o texto, a mais nova versão do imunizante já está disponível na rede privada de saúde e foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano. A indicação é para pessoas entre 4 e 60 anos.

Por enquanto, a vacina está disponível apenas em clínicas particulares e tem um custo estimado entre R$ 350 e 500 cada dose. O projeto de lei está na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, onde aguarda análise e relatório do parlamentar Coronel Adailton (Solidariedade). 

Além disso, Mauro Rubem (PT) apresentou a propositura nº 4048/23, com o intuito de adequar a data de comemoração do Dia dos Agentes Comunitários de Saúde do Estado de Goiás e incluir, também, a categoria dos agentes de combate a endemias, a qual assume importante papel no serviço da saúde pública estadual.

Ambos profissionais da saúde são de extrema importância para a saúde familiar e no combate de doenças transmissíveis por vetores. O agente comunitário de saúde tem contato direto com a comunidade via visitas domiciliares, ao promover ações de prevenção, de educação e práticas saudáveis, e realizando o mapeamento das condições da saúde dos moradores de determinada região, para o devido encaminhamento ao atendimento público adequado. Já o agente de combate a endemias realiza inspeções e vistorias em domicílios e espaços públicos, para combater e controlar as doenças transmitidas pelo mosquito da dengue. A matéria também está na CCJ aguardando avaliação do relator Coronel Adailton. 

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

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