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Liberdade de Pensamento

Nesta quarta-feira, 14 de julho, é comemorado o Dia Mundial da Liberdade de Pensamento. A primeira vez em que foram definidos a liberdade e os direitos fundamentais da humanidade foi por meio da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte da França em 26 de agosto de 1789. Já em 10 de dezembro de 1948 foi promulgada a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas (ONU), onde são enumerados os direitos que todos os seres humanos possuem.  

No Brasil, a liberdade de pensamento é assegurada a todos cidadãos por meio da Constituição Federal de 1988. Atualmente, com a tecnologia, internet e redes sociais se tornou muito mais fácil a propagação de diferentes ideias e exposição de pensamentos. Mas é preciso levar em consideração alguns pontos.

A psicóloga Michelle Branquinho explica que muitas vezes temos dificuldade em aceitar a opinião do outro, e quando ela nos desagrada, nos sentimos ofendidos e na defensiva. Michelle pontua que a liberdade de pensamento e de expressão tem a ver com a história que cada um vive. “O pensamento está ligado a construção, a vivência e como cada pessoa enxerga o mundo. É preciso levar em consideração tudo isso e entender que cada pessoa é única, dotada de particularidades e pensamentos distintos. Em um mesmo ambiente vamos encontrar indivíduos com culturas e vivências diferentes e devemos respeitar”, pontua a Michelle.

A psicóloga esclarece, ainda, que aceitar a opinião do outro não significa abrir mão da maneira como pensamos. “Nós só precisamos entender que o outro tem a forma de pensar diferente, por mais que a opinião dele seja distinta da minha, isso não o torna pior e nem nos transforma em uma pessoa melhor que a outra. A opinião do outro é apenas a maneira como ele pensa. Porém, se a pessoa acha que a opinião do outro é maior que a dela, é preciso rever o comportamento. Se a opinião do outro te afeta, quer dizer que você não está congruente com seus valores e eu preciso ter congruência para ser assertivo na vida”, frisa.

O psicólogo e professor, Guilherme Nogueira também destaca que a forma de cada um ver o mundo é particular. “Quando eu percebo que a forma que eu vejo o mundo é minha e que as pessoas podem ter visões diferentes do que eu penso, eu quero conversar com elas para ter visões diferentes sobre isso. Isso gera respeito, proximidade, diálogo, respeito, assertividade e um processo harmônico entre duas pessoas”, detalha.

Mesmo assim, segundo ele, isso não exclui a nossa responsabilidade social com aquilo que é vivido em civilização, que nos coloca em limitações para manutenção da organização da vida.  “Se todo mundo fizer o que quer, o mundo seria uma grande barbárie, pois cada um ia lutar por seu desejo de forma egoísta, severa e desrespeitosa. Entretanto, eu tenho uma liberdade total de pensamentos desde que ela não ataque o outro, ela deve gerar diálogos e transformações frutíferas por meio da interação.  É necessário ter uma organização civil perante as coisas, pois vai nos guiando sobre uma organização ética social sobre a vida e assim, vamos organizando nossos pensamentos também”, finaliza o psicólogo. 

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

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