Espaço Cultural da Assembleia Legislativa sedia exposição que denuncia violência contra a mulher

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Exposição “O não grito da Mulher”, da artista plástica Lionízia Goyá traz para a sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), 11 telas que abordam e denunciam todo tipo de violência contra as mulheres. A mostra também reúne seis fotografias de Magali Oliveira com a mesma temática. Atividade integra a campanha 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher.

Os quadros de cores vibrantes trazem uma mensagem perturbadora. São imagens que denunciam diversas situações de violência contra as mulheres: meninas, jovens, adultas e idosas. Algumas bem chocantes.

Além das tintas, a artista utiliza materiais recicláveis que remetem ao universo feminino, como rendas, tecidos e bijuterias. A ideia é, através da arte, propor a reflexão sobre as várias formas de agressão a que as mulheres são submetidas.

“É uma denúncia e é muito séria, é muito forte, tanto que os quadros não são aceitos em qualquer espaço de exposição. Apesar das cores, do colorido, dessa beleza que te cativa à distância, quando você chega perto, você percebe que tem algo mais, é mais sério do que só aquela beleza externa”, explica Lionízia.

A artista, que é goiana da cidade de Caçu, mas mora em Uberlândia – MG, esteve em Goiânia para a abertura da exposição, nessa sexta-feira, 24. Antes da abertura, ela também participou de uma roda de conversa sobre o tema na Procuradoria da Mulher, na Alego.  

A artista conta que o nome da exposição surgiu em 2017, a partir de uma coletiva idealizada pela Associação Goiana de Artes Visuais (AGAV), que propunha uma releitura da obra do norueguês Edvard Munch, autor do célebre “O Grito”.

Lionízia viu no projeto a oportunidade para tratar do tema, que para ela, precisa ser abordado, precisa ser falado, inclusive com os homens. “O não grito é a angústia, é a impotência, o desespero da violência sofrida pela mulher, que é violentada, sofre maus tratos, é agredida no seu cotidiano familiar e profissional. O sofrimento físico e emocional é imensurável e, na dor, o grito fica sufocado. Um grito estrondoso, que poderia ser ouvido à distância, simplesmente se cala”, explica.

Para a gestora de Atividades Culturais da Alego, professora Ana Rita, a exposição foi planejada, propositalmente, para acontecer nesse período de campanha dos 21 dias, para chamar toda sociedade à reflexão, especialmente, os homens. “É a arte a serviço da vida, a serviço da paz”.  

A mostra acontece na floreira do bloco A, no térreo do Palácio Maguito Vilela, até o próximo dia 08 de dezembro.

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias