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Em defesa da vida

O 16 de setembro foi a data foi escolhida pela Assembleia Geral das Nações Unidas para marcar o dia da assinatura do Protocolo de Montreal, firmado em 1987. Esse protocolo foi importante para a proteção da camada de ozônio, uma vez que reduziu a produção e o consumo de produtos que causam seu desgaste. A partir dessa data também se iniciou a comemoração do Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.

Ao longo dos anos pesquisadores têm observado que essa camada tem sido progressivamente destruída devido à ação dos homens. Na década de 1980, cientistas britânicos alertaram sobre a existência de um buraco na camada de ozônio na região da Antártida. Estudos posteriores demonstraram que em todo o planeta a camada estava se tornando mais fina.

Para entender as consequências da destruição, é importante saber o que é de fato a camada de ozônio. Professora de Ciências, Mariana Araguaia explica que é uma camada gasosa localizada na estratosfera, composta pelo gás ozônio, o qual pode ser degradado pela ação de substâncias como os clorofluorcarbonetos (CFCs).

De acordo com a professora, os seres vivos estão situados em uma região da atmosfera chamada troposfera, que se estende da superfície da Terra até aproximadamente 12 quilômetros de altitude. “Acima dela, há outra camada, denominada estratosfera. Ela possui, em especial, moléculas dos gases nitrogênio, oxigênio e ozônio. Este último se encontra em predominância na estratosfera, formando a camada de ozônio, localizada a aproximadamente 25 km de altitude em relação à superfície terrestre”, ensina.

Mariana destaca, ainda, que a camada de ozônio é afetada pela emissão de várias substâncias, tais como os óxidos nítricos e nitrosos e o gás carbônico. “Entretanto, maior atenção deve ser dada aos clorofluorcarbonetos, mais conhecidos como CFCs. Esses compostos, que são encontrados em aerossóis e em equipamentos de refrigeração, chegam até a estratosfera, sofrem a ação da radiação ultravioleta e desintegram-se, liberando cloro”, pontua a docente.

Consequências da destruição da camada de ozônio

Mariana enfatiza que a camada é capaz de absorver grande parte da radiação ultravioleta (UV) oriunda do sol, especialmente as do tipo UV-B, cujos efeitos nas células vivas podem ser significativos. “Eles incluem alterações no desenvolvimento de plantas e animais, cataratas, queimaduras cutâneas, cânceres de pele, comprometimentos imunológicos, dentre outros. No caso dos seres vivos que realizam fotossíntese, tais como as plantas, algas e alguns microrganismos pode haver o comprometimento na realização desse processo biológico, prejudicando a vida desses seres vivos e a produção de gás oxigênio na superfície terrestre.”

A docente frisa que a partir da década de 1980 houve esforços para reduzir e abolir os principais gases responsáveis pela destruição da camada de ozônio, que são os CFCs. Mas é preciso avançar mais. Ela explica que os esforços individuais e coletivos devem sempre ser considerados. Em primeiro lugar, afirma, porque foram satisfatórios os resultados dos esforços globais na redução dos CFCs, indicando que retrocessos podem ocorrer caso não haja a intencionalidade no controle de eventos que interfiram significantemente na formação do ozônio estratosférico.

Em segundo lugar, porque esses eventos que comprometem a integridade da vida terrestre geralmente não têm uma única causa e nem uma única consequência. “Assim, todos temos responsabilidade em contribuir, e exigir melhores condições de vida no nosso planeta”, finaliza a professora de Ciências.

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

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