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Dia Nacional da Ciência

Hoje, 8 de julho, é celebrado o Dia Nacional da Ciência e o Dia Nacional do Pesquisador Científico. E em tempos de pandemia de covid-19, a pesquisa científica e o papel do pesquisador ganharam destaque nacional e mundial. Pois a ciência é aquele tipo de conhecimento que busca compreender verdades ou leis naturais para explicar o funcionamento das coisas e do universo em geral. Para o professor Raphael Moura Cardoso, que é doutor em Psicologia Experimental, a ciência contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias e aperfeiçoamento de técnicas e processos. “Embora seja muitas vezes um investimento de risco (afinal, nem toda pesquisa surtirá em retorno no curto prazo), um país com uma comunidade científica diversificada e forte terá muito mais chance de apresentar soluções para problemas atuais e prever situações futuras que poderão ser empecilho para seu desenvolvimento econômico e social”, pontua o professor.

Raphael frisa, ainda, que as pessoas e empresas pensam geralmente que o trabalho de homens e mulheres das ciências está distante do dia a dia, ou dos negócios. Segundo ele, isso é um grande erro. “A ciência está em todos os lugares, da pasta dental até o computador que utilizamos, ou quando acendemos uma lâmpada ou quando realizamos um tratamento de saúde. O primeiro algoritmo do Google é resultado de uma tese de doutorado, por exemplo. Gosto de dizer que os problemas que enfrentamos são cada vez mais complexos e o método científico é a forma mais eficaz para buscar soluções para esse tipo de problema”, enfatiza Cardoso.

Ciência e pandemia de covid-19

Nesses momentos de calamidade, de pandemia, a ciência se faz ainda mais importante e é a única saída segura para todos. A busca pela vacina nos últimos meses ilustrou muito bem a importância da ciência. O professor doutor ressalta que o reconhecimento de uma situação pandêmica é baseado em critérios técnicos com conhecimento científico. “Hoje sabemos identificar o vírus, temos vacinas e medidas sanitárias graças à ciência. Logo, esse tipo de conhecimento é um aliado importante no enfrentamento da pandemia de covid-19”, esclarece Raphael.

O professor destaca também que, embora a pandemia tenha se tornado um momento difícil na vida de todos, sem a ciência e suas tecnologias seria muito mais tortuoso.

Investimentos na ciência

Para que os avanços no setor de tecnologia continuem e as pesquisas possam trazer cada vez mais resultados e melhorias para vida de todos é preciso investimento. Apesar de o Brasil contar com grandes cientistas em diversas áreas e, assim, contribuir significativamente para com o desenvolvimento científico mundial, tanto o Governo quanto a iniciativa privada ainda investem pouco em ciência em comparação com outras nações. Nosso país está, hoje, no 66º lugar do Índice Global de Inovação, entre 129 países.

Raphael Moura pontua também que o aumento de investimentos para pesquisa, tecnologia e inovação sempre foi pauta para a ciência brasileira. “Nos últimos anos, porém, o financiamento para pesquisa cientifica sofreu fortes impactos com os cortes profundos no orçamento para ciência. A consequência do corte de bolsas é a desistência ou fuga de cérebros. Já a falta de recursos paralisa a pesquisa, nos deixando para trás em relação ao conhecimento produzido em outros países. Demora-se muito tempo para formar alguém como pesquisador ou pesquisadora, como também pode se demorar anos para estruturar um laboratório, um programa de pós-graduação ou uma rede de pesquisa. Além do impacto negativo imediato, a falta de recursos para ciência e tecnologia prejudica também as gerações futuras no Brasil”, esclarece Raphael.

O professor ressalta que, apesar desse cenário, felizmente, a ciência em Goiás conta com a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeg). “Mesmo sendo uma fundação jovem, já mostra maturidade e gestão competente. A Fapeg tem estimulado a pesquisa, inovação e a formação de cientistas em diversas áreas. Portanto, ela tem um impacto positivo para o desenvolvimento econômico e social no estado de Goiás”, finaliza Raphael.

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

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