A deputada Bia de Lima (PT) promoveu, na tarde desta segunda-feira, 6, no saguão de entrada da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, dois eventos simultâneos, “Chamada pela Paz” e celebração do “Dia Estadual de Combate ao Feminicídio”.
“Hoje é um dia muito especial porque, através de uma lei aprovada pela deputada delegada Adriana Accorsi foi instituida essa data para o combate ao feminicídio. É uma bandeira importante que nós precisamos destacar. É um dia para a gente chamar a atenção da sociedade sobre a necessidade de dar um basta à agressão às mulheres de toda e qualquer natureza”, salientou.
A deputada destacou a importância de se organizar as secretarias da mulher no governo estadual, a procuradoria da mulher na Alego e outras entidades ligadas às causas femininas, com o objetivo de buscar cada vez mais uma rede protetiva.
Secretária de gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Iêda Leal, que também estava presente, salientou ser de suma importância que todas as cidades, todas as capitais e todo o Brasil possa se manifestar diante da violência contra as mulheres. “Nós mulheres negras, as não negras, as indígenas. Então, parem de nos matar, a vida e a paz são urgentes, tem que ser um mantra do Brasil todo para garantir a nossa existência”, frisou.
A psicóloga Cida Alves, co-fundadora do bloco carnavalesco “Não é Não” lembra que todos os dias se tem notícia de assassinato de mulheres, o que tem deixado todas elas apreensivas. “Isso está deixando todas muito consternadas. A gente quer impedir esse tipo de morte das mulheres. É importante pedir ajuda e a segurança pública agir imediatamente. É importante a família e quem está próximo entender e compreender a mulher e acionar os mecanismos de proteção. Então a gente quer que pare esse feminicídio que só aumenta todos os dias”.
O bloco Não é Não surgiu no Carnaval da Cidade de Goiás, em 2017, e hoje é também um grupo de ocupação cultural. “A gente participa de atividades, como esta aqui. A gente usa a linguagem artística, a alegria para trabalhar o respeito à mulher, o enfrentamento à cultura do estupro, a misoginia e o respeito à dignidade e à liberdade sexual das mulheres e de todas as pessoas que estão circulando nas ruas, nos bares”, salientou.
Fonte: Portal da Alego
Fonte: Agência Assembleia de Notícias