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Data homenageia entidade que tem como objetivo conscientizar a população em favor do respeito às pessoas ostomizadas

Ostomia é o nome dado a um procedimento cirúrgico que consiste na criação de um tubo de ligação externa para sistemas como o digestivo, do aparelho respiratório e urinário. Desse modo, pessoas ostomizadas são aquelas que passaram por esta intervenção e possuem, em seu corpo, uma abertura chamada de estoma, com um caminho alternativo para a entrada de alimentos, saída de fezes e urina ou, até mesmo, auxílio à respiração.

Essas pessoas possuem uma data de celebração, instituída pela Lei nº 11.506/2007. O dia 16 de novembro foi escolhido em homenagem à fundação da Sociedade Brasileira dos Ostomizados (Abraso), em 1985. O objetivo é mobilizar a população, por meio de ações de informação e conscientização, a combater o preconceito contra pacientes que passaram pelo procedimento e possuem o caminho externo alternativo, de forma temporária ou definitiva. 

O presidente da Comissão de Saúde no Legislativo goiano, deputado Gustavo Sebba (PSDB), observa que, quanto menos consciente a população fica a respeito de um tema, mais preconceito há sobre ele. Por este motivo, existe a necessidade de ações que promovam o conhecimento do público com relação ao assunto. 

“A data se torna importante na medida que informa e educa acerca dessa condição e dos cuidados que são necessários para ter uma vida plena. Também é importante para que não exista medo, pois é um procedimento que muitas vezes é indispensável para que o paciente retome uma vida sem dores e desconfortos”, diz o parlamentar, observando que o público em geral ainda não sabe o que é uma pessoa ostomizada e as implicações disso.

Gustavo Sebba exemplifica a falta de informação por parte de grande parte da sociedade, com o período em que o então candidato à Presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), sofreu um atentado e precisou ser submetido ao procedimento. 

“Como consequência, ele precisou utilizar uma bolsa de colostomia durante alguns meses e isso foi motivo de piada para muitas pessoas que ainda não entendem a seriedade desse assunto e não têm a dimensão do número de pessoas que passam por procedimentos similares todos os dias e utilizam bolsas até de forma permanente para conseguir viver”, pondera o deputado.

Tipos de ostomia

As cirurgias de ostomia podem ser intestinais, urinárias, estomacais e respiratórias. Referentes ao primeiro grupo, a colostomia e a ileostomia consistem na abertura do intestino grosso ou delgado, para exteriorização do conteúdo fecal, por meio do abdômen. Neste caso, é utilizada uma bolsa coletora, para onde são enviadas as excreções. São objetos descartáveis, livres de odores, que são esvaziados e substituídos, de acordo com a necessidade do paciente.

As condições são as que mais envergonham. “Eu sentia que os pacientes ficavam mais incomodados, com vergonha, com a colostomia”, afirma a enfermeira Rhaiany Karoline Pereira, que atuou com ostomizados durante um período. “Porque querendo ou não, a exposição das fezes é algo que deixa a pessoa constrangida”, acrescenta a profissional.

As ostomias urinárias também necessitam da utilização da bolsa coletora. Chamadas de urostomia, a cirurgia consiste em uma abertura realizada também na região abdominal, com um caminho alternativo para a saída de urina. Elas costumam ser realizadas com o intuito de preservar a função renal.

Já a gastrostomia é realizada com a finalidade de comunicar o mundo exterior ao estômago, ou seja, levar líquidos e alimentos ao organismo de pessoas que não conseguem se alimentar pela boca. O procedimento consiste na introdução de um tubo flexível, chamado de sonda, através do abdômen.

Por fim, de caráter respiratório, a traqueostomia realiza uma abertura na traqueia, com o objetivo de melhorar a respiração do paciente. O procedimento é indicado em casos de acúmulo de secreção traqueal, inativação da musculatura respiratória ou em pacientes com intubação traqueal prolongada.

Direitos dos Ostomizados

O dia 16 de novembro marca, ainda, a publicação da portaria 400 de 2009, do Ministério da Saúde. O documento regulamenta a implantação de Serviços de Atenção à Saúde das Pessoas Ostomizadas em todo o território brasileiro. Deste modo, unidades de saúde especializadas destinam assistência às pessoas que passaram por um procedimento de ostomia. Dentre os serviços oferecidos com equipe multidisciplinar capacitada, estão as orientações para o autocuidado, prevenção, além do fornecimento de equipamentos coletores e de proteção e segurança.

 Outro marco está voltado aos direitos dos ostomizados. Por meio do Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, a ostomia passou a ser definida como deficiência física. A partir de então, os pacientes ostomizados possuem, no Brasil, os mesmos benefícios de pessoas com deficiência, como transporte gratuito, compra de veículos adaptados com isenção de impostos, inclusão em cotas universitárias e de trabalho, concessão de salário, dentre outros.

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

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