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Condição neurológica

Segundo dados do Ministério da Saúde, duas a cada 1.000 crianças nascidas podem ter paralisia cerebral. A paralisia cerebral é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento do movimento e da postura, sendo a deficiência mais comum na infância. Ela é causada por lesões ou malformações cerebrais que ocorrem durante o desenvolvimento fetal ou infantil, até os cinco anos.

O Dia Mundial da Paralisia Cerebral foi celebrado neste domingo, 6. A data foi criada para discutir e promover os direitos das pessoas com deficiência, que, de acordo com o movimento internacional World Cerebral Palsy Day (WCPD), são cerca de 17 milhões em todo o mundo.

O objetivo é promover também a discussão sobre a inclusão e a vivência de pessoas com paralisia cerebral em um alcance global e desmistificar o preconceito conhecido como capacitismo.

A lesão no cérebro da criança com paralisia cerebral pode ocorrer antes, durante ou após o nascimento. Entretanto, em muitos casos, a causa exata que levou a esse problema não pode ser determinada com certeza. Crianças prematuras ou com muito baixo peso ao nascer apresentam risco aumentado de desenvolver a paralisia cerebral. De acordo com o período em que ocorreu a lesão e a extensão da área afetada, a criança vai apresentar graus variados de comprometimento.

Habitualmente, a suspeita ocorre no primeiro ano de vida, quando o pediatra nota algum atraso nos marcos do desenvolvimento (exemplo: rolar, sentar e andar), ou percebe alguma diferença entre os movimentos de um membro ou de um lado do corpo. A criança com paralisia cerebral normalmente apresenta uma certa rigidez muscular e dificuldade para controlar os movimentos. A depender do local e tamanho da lesão no cérebro, a criança também pode apresentar outros problemas, como alterações de percepção e um déficit intelectual. É importante ressaltar que os pacientes com paralisia cerebral podem ter desde alterações muito leves e localizadas, no entanto, com inteligência normal.

Na Casa de Leis, a inclusão já foi tema de audiências públicas algumas vezes. A Comissão de Saúde realizou um debate sobre paralisia cerebral. O encontro foi proposto pelo presidente do colegiado, deputado Gustavo Sebba (PSDB). Na audiência, os participantes debateram a importância da detecção precoce e da intervenção, a inclusão nas atividades escolares, de trabalho e ainda de recreação e lazer. Além disso, apontaram para a relevância das intervenções relacionadas à atividade funcional e participação social, que devem vir com o propósito de prevenir e minimizar as sequelas das lesões cerebrais e potencializar as capacidades da pessoa.

O Parlamento goiano também aprovou, recentemente, a criação da Semana Estadual de Orientação a Paralisia Cerebral. A medida, que tramitou com n° 2709/23 e de autoria do deputado Paulo Cezar Martins (PL), foi sancionada no mês de setembro pelo governador Ronaldo Caiado (UB).

De acordo com a Lei Estadual n° 23.017/2024, nesse período do ano será deflagrada ação para sensibilizar a sociedade sobre a importância da inclusão das pessoas com paralisia cerebral, de modo a garantir e melhorar a qualidade de vida delas, em conformidade com os princípios da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Durante a programação, será priorizada a realização de eventos e outras atividades voltadas à orientação da população sobre a paralisia cerebral em todos os seus aspectos. A Semana Estadual de Orientação sobre a Paralisia Cerebral também está agora incluída no Calendário Cívico, Cultural e Turístico do Estado de Goiás.

Fica previsto que o Poder Executivo poderá formalizar convênios e parcerias com instituições privadas, entidades sem fins lucrativos e congêneres, para promover seminários e debates em que a temática será a paralisia cerebral em todos os seus aspectos, como saúde pública, inclusão social das pessoas com a doença e políticas públicas voltadas para a área.

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) ainda conta com a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que recebe as demandas desse público e debate matérias voltadas para as melhorias e criação de políticas públicas para as pessoas com o problema

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

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