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Campanha da Fraternidade 2024 recebe homenagem do Legislativo goiano, por iniciativa do deputado Antônio Gomide

Em proposta do deputado Antônio Gomide (PT), a Assembleia Leislativa de Goiás (Alego) homenageou os 60 anos de realização da Campanha da Fraternidade, campanha da Igreja Católica criada como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana.

A sessão solene, na noite dessa quinta-feira, 21, teve lugar no Plenário Iris Rezende Machado, foi presidida por Gomide. Compuseram a mesa dos trabalhos, ao lado do petista: o arcebispo metropolitano de Goiânia e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Justino; a diretora-executiva da Fundação de Assistência Social de Anápolis, Marinês Arantes; o representante da Ordem dos Frades Menores, frei William Dantas; o presidente da Associação de Combate ao Câncer de Goiás, Jalles Benevides Santana; o diretor-presidente da Vila São Cottolengo, Ir. Michael Dourado, representando o reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, Pe. Marco Aurélio; e o diretor da Faculdade Católica de Anápolis, Fábio Barbosa.

Antes do início dos discursos, foi exibido de um vídeo da Campanha da Fraternidade 2024, que tem o tema “Fraternidade e amizade social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs”.

Em seu pronunciamento, Antônio Gomide afirmou que mais do que nunca é preciso falar sobre benevolência, inclusão e compaixão, já que nas redes sociais, a intolerância se alastra, criando divisões no tecido social. Gomide citou que é preciso estimular a gentileza nas relações pessoais, distensionar ânimos e lembrar que aos olhos de Deus somos todos iguais. “Esse Poder Legislativo saúda o compromisso social da Igreja Católica em trazer como tema da campanha deste ano ‘Fraternidade e amizade social’.”

O parlamentar disse que a iniciativa visa homenagear a contribuição de inúmeros membros da Igreja que contribuem para a promoção da paz social. Ele fez um pequeno histórico da Campanha da Fraternidade.  

Para encerrar, Antônio Gomide lembrou que a vocação da humanidade é a busca pela paz e pela convivência fraterna entre os povos.  E disse que o espírito da Campanha da Fraternidade é não deixar que fiquemos alheios ao sofrimento dos que mais precisam. “A humanidade precisa, cada vez mais, ouvir os cristãos que pregam a paz, pregam o humanismo, pregam a gentileza e pregam a tolerância. Viva a Campanha da Fraternidade.” 

Prática cristã

Em seguida, o diretor presidente da Vila São Cottolengo, Ir. Michael Dourado, fez uso da palavra. Ele lembrou que a Campanha da Fraternidade é uma oportunidade para que os cristãos exercitem, na Quaresma, a prática cristã. E disse acreditar que, iluminada por um tema e por um lema, a campanha tem a importância singular para transformar a Palavra de Deus na vida prática da Igreja. “Gestos que podem transformar realidades de dor e sofrimento em possibilidade de esperança. Por isso a Campanha de Fraternidade é o diálogo da Igreja com a sociedade.”

O religioso ressaltou que o tema da campanha deste ano tem muita relação com o trabalho desenvolvido pela Vila São José Bento Colttolengo, entidade que tem a missão de promover vida com excelência a pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade social. São 325 pacientes internos, que moram na Vila, além dos outros milhares de atendimentos realizados. “O Evangelho de Jesus é transformado em vida, através do cuidado e da acolhida para com todos aqueles que mais precisam. Ficamos orgulhos de ver neste dia, nesta Casa de Leis, que um assunto de extrema importância é trazido para o diálogo, para a reflexão e, também, para homenagear a história.”  

Na sequência, o Coral Vocal Onix Internacional se apresentou.  

O representante da Ordem dos Frades Menores, frei William Dantas, também deixou sua palavra. Ele explicou que o tema da campanha desse ano propõe um caminho quaresmal em três perspectivas essenciais: incentivar as pessoas a enxergarem as situações de inimizade que geram divisões, violência e destrói a dignidade humana; buscar inspirar os indivíduos a se iluminarem pelo Evangelho, reconhecendo-se como parte de uma única família e, por último, agir conforme a proposta quaresmal, de conversão constante e permanente, promovendo esforço por uma mudança pessoal e coletiva.

Ele observou que vivemos em um país polarizado, intolerante e violento, que reflete uma sociedade composta por pessoas amedrontadas, cansadas e suscetíveis a discursos radicais. “Essa realidade se manifesta no cotidiano de todos nós, quando lidamos com rupturas familiares, conflitos entre amigos, violência digital, simbólica, verbal e física, por causa de posicionamento políticos ou religiosos.”

O líder religioso afirmou que a a Campanha da Fraternidade de 2024 aborda essa situação através de uma reflexão profunda iluminada pela Palavra de Deus. “Somos diferentes, somos divergentes, somos até oponentes, só não podemos ser inimigos. (….) A campanha é importante porque ela exorta as pessoas à superação dos conflitos e das indiferenças”, avaliou.  

Por fim ele convidou a todos a rezar a Oração de São Francisco de Assis.

Só no Brasil

O arcebispo dom João Justino fez uso da palavra, na sequênica, abordando, inicialmente, a criação e a trajetória da Campanha da Fraternidade, destacando alguns momentos importantes desses 60 anos. Dom João revelou que a campanha não é realizada em nenhum outro país, somente no Brasil, e que a cada ano a iniciativa recebe o apoio pontifício, com uma mensagem preparada pelo Papa, por ocasião do início da campanha, que coincide com o começo da Quaresma.  

Ele explicou que atualmente a campanha tem os seguintes objetivos permanentes: despertar o espírito comunitário cristão no povo de Deus; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho e renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana em vista a construção de uma sociedade justa e solidária.

O arcebispo explicou que uma das ações da campanha é a Coleta da Solidariedade, que é a expressão do gesto concreto da iniciativa. Dom João esclareceu que há desinformação a respeito dessa coleta e até campanhas contrárias, e então explicou a destinação dos recursos arrecadados: 60% vão para entidades filantrópicas das dioceses e os outros 40% são destinados ao Fundo Nacional de Solidariedade, que no ano passado distribuiu cerca de R$ 7 milhões para 250 projetos sociais distribuídos por todo o país.

“Isso é uma capilaridade muto bonita e a expressão da caridade, da solidariedade, do compromisso nosso, como Igreja, de colaborar para que a pessoas possam ter vida digna”, concluiu o líder católico em Goiás.

Após a fala de dom João Justino a solenidade foi encerrada. 

Fonte: Portal da Alego

Fonte: Agência Assembleia de Notícias

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