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Agenda SP + Verde: Com base renovável sólida, São Paulo avança na agenda do hidrogênio de baixo carbono

Publicado em: 06/11/2025 00:56

No segundo dia do Summit da Agenda SP + Verde, o painel “Hidrogênio de Baixo Carbono e Cooperação Internacional” foi um dos principais momentos do início da manhã. As discussões focaram em como as empresas podem avançar na descarbonização, enfrentando os desafios existentes, além de explorar como o Brasil pode estruturar uma estratégia integrada para o hidrogênio de emissões reduzidas, aproveitando seu potencial energético renovável e suas parcerias com países e organizações multilaterais. Participaram grandes líderes e especialistas referenciados na área.

Embora o potencial de mercado ainda não tenha números definitivos, Rosana Teixeira, diretora executiva do Instituto E+ Transição Energética, afirmou que o mais importante é avaliar a capacidade do Brasil de atender essa demanda. “Temos uma tendência de focar no mercado doméstico, mas isso não será suficiente para sustentar a economia do hidrogênio. Para atuar internacionalmente, é essencial oferecer produtos diferenciados”, afirmou.

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Rosana destacou também que a transição energética não é apenas um fim, mas uma jornada que exige ações concretas para curto, médio e longo prazo. “Precisamos de uma transição justa, que seja o pilar de toda essa mudança”, concluiu.

Com mais décadas de experiência na produção e uso de hidrogênio, Guilherme Ricci, diretor de negócios da White Martins, explicou que a empresa utiliza a reforma de gases de seus clientes e investe na utilização de biometano para reduzir o impacto ambiental, inclusive com certificações nesse processo. “A captura do CO2 e sua destinação, seja por formação geológica ou fixação química, também fazem parte das possibilidades que estamos explorando”, destacou.

Giovani Machado, fundador da Episteme, trouxe insights sobre a dimensão internacional da transição energética. “O mercado global de hidrogênio é enorme, avaliado em US$ 100 bilhões, com previsão de chegar a US$ 1 trilhão até 2050, considerando toda a cadeia de valor e ecossistema. Para que essa transição seja bem-sucedida, é fundamental uma política de cooperação internacional ampla, promovendo união mundial para superar os desafios”, afirmou.

Luiz Novais, diretor da UTIS, destacou o compromisso da companhia na descarbonização de processos por meio de tecnologias patenteadas. “Nosso objetivo é contribuir para um mundo mais verde, reduzindo nossa pegada de carbono e atingindo o net zero”, afirmou.

O painel foi mediado por João Cordeiro, diretor técnico de Energia do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo.

Sobre o evento

O Summit Agenda SP+Verde é um evento internacional pré-COP promovido pelo Governo de São Paulo, Prefeitura de São Paulo e USP. O encontro reúne especialistas, lideranças e representantes da sociedade para debater desenvolvimento sustentável e economia verde. A estrutura montada no Parque Villa-Lobos conta com cinco palcos, rodada de negócios, área de inovação, Casa da Circularidade, espaço gastronômico e atrações culturais.

Os debates estão organizados em quatro eixos temáticos: Finanças Verdes, Resiliência e o Futuro das Cidades, Justiça Climática e Sociobiodiversidade e Transição Energética e Descarbonização. Uma trilha de economia circular também conecta todos os palcos e se estende à Casa da Economia Circular, com vivências e workshops sob curadoria do Movimento Circular. Na área de inovação, universidades e institutos tecnológicos discutem o papel da pesquisa e da tecnologia na transformação climática de São Paulo. No palco principal, a economia verde é o centro das discussões, com presença de lideranças políticas e convidados nacionais e internacionais.

O Summit é resultado de uma ampla mobilização pelo desenvolvimento sustentável e conta com patrocínio de Cosan, Comgás, Edge, Rumo, Sabesp, Itaú, Amazon, Votorantim Cimentos, EcoUrbis, Solví, Loga, Motiva, EDP, Veolia, CPFL Energia, Metrô, Stellantis, Ecovias, Toyota, JHSF, TetraPak, Aena, Scania, AstraZeneca, Weg e Bracell; além de apoio institucional da Fiesp, Senai, Única, Aesabesp, Abrainc, Secovi-SP, Associação Comercial de São Paulo, Pateo 76, Abiogás, SP Águas, Cetesb, DER-SP, Fundação Florestal, Arsesp, SPTrans, Prefeitura de Campinas, B3, The Nature Conservancy, CEBDS, Pacto Global, SOS Mata Atlântica, Movimento Circular, União BR, Circular Brain, CET-SP, Dia da Terra, Instituto de Conservação Costeira, Inovaclima, IPT, Zeros, Ideia Sustentável, Kearney, Instituto Baccarelli, Zero Summit, Parque Villa-Lobos, NEOOH, Global Renewables Alliance (GRA) e Research Centre for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), MBRF, White Martins e Microsoft.

Fonte: Agência de Notícias do Estado de SP

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