Em 2024, a agricultura acreana consolidou-se como pilar fundamental para o desenvolvimento econômico e social do estado, com ações voltadas para o fortalecimento da produção familiar, o agronegócio sustentável e a inclusão de pequenos produtores em cadeias produtivas estratégicas. Sob a gestão da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), programas inovadores e parcerias estratégicas resultaram em avanços significativos.
O ano de 2024 foi valoroso para a continuidade de diversos projetos de sucesso já executados pela secretaria estadual. Um deles é o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que visa fortalecer a agricultura familiar, impulsiona o desenvolvimento regional e garante segurança alimentar para pessoas em vulnerabilidade social.
O PAA é fruto da boa relação entre o governo do Acre e o federal, por meio do Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), beneficiando com renda extra os produtores da agricultura familiar, comprando diretamente de quem produz e entregando para entidades socioassistenciais e de saúde. Toda a logística, desde o credenciamento dos produtores, por meio de organizações sociais, até a capacitação para manuseio e entrega dos alimentos, é coordenada pelo Estado.
Nos dois semestres do ano, o PAA totalizou a movimentação de R$ 5,5 milhões, que pagaram o trabalho e a colheita de mais de 620 produtores rurais, abastecendo mais de 200 entidades sociais.
Outro notável projeto em continuidade é o de mecanização em comunidades agrícolas de Rio Branco. A iniciativa é realizada com o objetivo principal de impulsionar o desenvolvimento econômico na região e atender aos pedidos dos produtores rurais, proporcionando oportunidades para um início produtivo.
O esforço do governo já beneficiou mais de 500 empreendimentos de agricultura familiar, apoiando diversas fases do processo agrícola, como estocagem, aradagem e açudagem, etapas fundamentais para o sucesso da produção. Com essas ações, espera-se que os agricultores locais tenham acesso a recursos e tecnologia moderna, aumentando a qualidade e a quantidade de suas colheitas.
Fortalecendo a iniciativa importante, em julho o governador Gladson Cameli realizou a entrega de maquinário, no valor de R$ 5,6 milhões, destinado ao fortalecimento das cadeias produtivas do agronegócio, beneficiando diretamente pequenos e médios produtores do estado envolvidos na agricultura familiar.
Foi a primeira parte de uma entrega que totaliza quase R$ 48 milhões em investimentos e conta com o apoio de emendas parlamentares do senador Márcio Bittar e da primeira etapa do Convênio 912328/2021, celebrado com o Ministério da Agricultura e Pecuária.
Entre os equipamentos estão três escavadeiras hidráulicas, duas pás carregadeiras, três grades aradoras, três grades niveladoras, uma roçadeira de arrasto, cinco microtratores, seis plantadeiras-adubadeiras, seis tratores agrícolas, dois pulverizadores e três distribuidores de calcário.
Quanto ao impulsionamento à avicultura caipira, dando seguimento ao Programa Pintos de 1 Dia, em maio foi realizada a entrega de 2.500 pintos caipiras para 21 produtores rurais dos municípios de Acrelândia, Plácido de Castro, Santa Rosa do Purus e da capital, Rio Branco. Além de fortalecer a cadeia produtiva, o programa possibilita o acesso dos pequenos produtores a uma produção geneticamente melhorada, contribuindo para a produção de proteína animal de alto valor biológico e nutricional.
Em 2024, o governo do Acre deu início ao programa Insemina+, visando fortalecer a pecuária local, promovendo o melhoramento genético do rebanho por meio de inseminação artificial, em busca de alavancar a produtividade dos produtores rurais, gerando mais qualidade e rentabilidade na produção de carne e leite.
O programa é fruto de uma parceria entre o governo do Estado, a Universidade Federal do Acre (Ufac), a Associação Brasileira de Zebuínos (ABZ) e uma empresa privada de assessoria agropecuária. A união dessas entidades visa oferecer suporte técnico e científico, além de recursos para os pequenos e médios produtores da região, potencializando o desenvolvimento econômico local e fortalecendo a cadeia produtiva da pecuária no Acre.
Feiras de agricultura
No ano de 2024, no pátio da sede da Seagri, foram realizadas duas edições da Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária, em Rio Branco. Ao longo de três dias, trabalhadores rurais tiveram a oportunidade de comercializar seus produtos em um espaço adequado e de proeminência, atendendo seu público com conforto.
Reunindo membros de associações, cooperativas, produtores, agricultores e empreendedores, a iniciativa de comercialização gerou boa renda para o bolso de dezenas de trabalhadores.
Com o apoio da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Acre (Unisol Acre), os eventos mobilizaram produtores rurais de Rio Branco, Bujari, Porto Acre e Acrelândia. Para as próximas edições, os idealizadores buscam expandir a realização das feiras para outras regionais do Acre, atendendo mais produtores rurais.
Seguindo a mesma proposta, durante as noites da Expoacre 2024, cerca de 75 empreendedores comercializaram hortaliças e produtos diversos no espaço da Agricultura Familiar e Economia Solidária, garantindo boas vendas num espaço proeminente e de grande visibilidade.
Cafeicultura fortalecida
Estimulando a produção de café no Acre, a Seagri realizou mais uma edição do Concurso de Qualidade do Café Robusta Amazônico, o Qualicafé. Após o sucesso do ano passado, a segunda premiação consagrou como vencedor o produtor José Leite, de Cruzeiro do Sul, que conquistou o primeiro lugar com um café de sabor encorpado e notas frutadas, levando para casa um kit completo de irrigação no valor de R$ 30 mil.
O evento, voltado para cafeicultores, estudantes, técnicos e extensionistas, teve na disputa 22 produtores inscritos, provenientes de Porto Acre, Acrelândia, Senador Guiomard, Capixaba, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Feijó, Manoel Urbano, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.
Para o ano que vem, o titular da Seagri, José Luiz Tchê, garante continuar com o Qualicafé e pontuar novamente participação durante a Semana Internacional do Café, tendo em vista a riqueza das experiências adquiridas este ano. “Queremos fortalecer esse potencial ainda mais, com mais participantes em nossa competição, aprimorando suas produções e sendo uma vitrine para o Brasil. Buscamos ser referência de um café saboroso e de um estado que é amigo da preservação”, destaca o gestor.
Ainda no âmbito da cafeicultura, pela primeira vez na história, o Acre marcou presença com seus cafés especiais robusta amazônicos na 12º edição da Semana Internacional do Café (SIC), em novembro, em Belo Horizonte (MG). Com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), uma comitiva composta por técnicos, produtores e extensionistas participou do maior evento de café da América Latina.
Durante a SIC, são realizadas palestras e workshops, com profissionais renomados, degustações de cafés de diferentes regiões do Brasil, concursos e prêmios de qualidade em café, além da participação de mais de 170 expositores de diferentes países e novas oportunidades de negócios.
Produções com destaque nacional
Outra conquista simbólica para a cafeicultura do estado foi a participação de produtoras acreanas na 7ª Edição do Concurso Florada Premiada, considerado o maior concurso do mundo para mulheres produtoras. Celebrado em novembro, durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG), o concurso recebeu 780 inscrições nesta edição e as vencedoras receberam mais de R$150 mil reais de prêmio em dinheiro.
Promovido pela empresa Três Corações, o concurso foi projetado para dar visibilidade e reconhecimento às cafeicultoras, promovendo relacionamento entre produtoras de café de todo o Brasil. Representando o Acre, quatro finalistas participaram: Keyti Sousa e Antônia Kurvski, ambas de Brasileia; Marivania Mendes, de Epitaciolândia; e Eliane Lara, de Acrelândia.
Também no âmbito das premiações nacionais, na cultura de mel, outro destaque foi a produção do meliponário de Maria Paulino da Silva na oitava edição do Concurso Nacional de Méis de Abelhas Nativas, no Rio de Janeiro (RJ). A produtora rural do Ramal Belo Jardim III, em Rio Branco, conquistou o 3º lugar na categoria de méis refrigerados.
O concurso, promovido pela Associação de Meliponicultores do Rio de Janeiro (Ame-Rio) atraiu produtores de todo o país, com o objetivo de selecionar méis de excelência, tendo como referência critérios sensoriais de melhor percepção da agradabilidade e encantamento à vista dos padrões organolépticos do mel in natura, fresco e recém-coletado de abelhas nativas.
A avaliação foi feita no Bondinho do Pão de Açúcar em ambiente reservado e de maneira independente. De acordo com a tabela de referência do concurso, méis que alcançam entre 200 e 300 pontos são considerados excelentes, raros ou extraordinários. O mel de Maria Paulina obteve uma notável pontuação de 257,5, destacando-se pela sua qualidade e sabor único.
As produções das cinco mulheres firmam o compromisso da Seagri e seus parceiros no incentivo de uma produção de excelência, conquistando destaque para si e para o Acre, aludindo a um grande potencial para a região, na busca de maiores investimentos e progresso econômico.
Fortalecendo a agricultura com sustentabilidade
O Programa REM Acre – Fase II é um grande parceiro da agricultura acreana, prezando pela sustentabilidade por meio de diversas ações conjuntas com a Seagri. Como parte do Subprograma Territórios de Produção Familiar, são realizadas oficinas e ciclos de palestras, sempre unindo técnicos de órgãos estaduais, estudantes e produtores rurais, com o objetivo de impulsionar as cadeias produtivas com a troca de experiência das diferentes áreas de atuação, assim como expandir a visão dos produtores quanto à produção e comercialização de seus produtos.
Durante o ano de 2024, foram promovidos conhecimentos acerca das boas práticas do mel em Assis Brasil e Brasileia, onde 35 pessoas passaram por um treinamento focado no manejo sustentável das abelhas sem ferrão, dividindo-se em módulos práticos e teóricos. Já em Xapuri, 52 produtores foram instruídos com uma capacitação em boas práticas da castanha-do-brasil. E em Rio Branco, foi ofertada uma oficina de fortalecimento da gestão das associações e cooperativas para 36 pessoas.
O intercâmbio de conhecimento também vai além das terras acreanas, levando técnicos e produtores para outros municípios referenciais nas temáticas, como em Teresina (PI), onde profissionais visitaram unidades de apicultura e meliponário em julho. Tal mobilização é uma forma direta de aprender e fortalecer a rede de apicultores entre os estados, além de promover a cooperação para uma melhoria na produtividade e qualidade do mel produzido em ambos os territórios.
E, indo além do conhecimento, as instituições realizaram a entrega de equipamentos para produtores rurais do estado, promovendo desenvolvimento econômico e valorização dos produtores locais. Como, por exemplo, a entrega de materiais e equipamentos da cadeia produtiva do mel, beneficiando diretamente 56 pessoas dos municípios de Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil.
Na ocasião, foram doados equipamentos para a aprimoração da produção, representando mais um passo na consolidação da cadeia produtiva sustentável. Como itens como caixas para produção e armazenamento de mel, equipamentos de proteção individual (EPIs) e equipamentos de produção.
Para o Assentamento Walter Arce, por meio do edital Boas Ideias Geram Impacto, foram doadas 400 caixas de hortifrútis, duas máquinas debulhadoras de milho e aproximadamente 500 metros de lona. Voltado para a produção familiar, o Programa REM busca promover a inclusão socioprodutiva das famílias de agricultores rurais nas cadeias de valor sustentáveis, melhorando a renda e minimizando o risco de desmatamento nas unidades beneficiadas.
Já com o Subprograma Pecuária Diversificada Sustentável, foram realizadas visitas de avaliação das ações de fortalecimento da Cadeia Produtiva da Bovinocultura, para o fornecimento de adubos para recuperação de pastagens degradadas e assistência técnica, com o objetivo de levar aos agricultores familiares as informações necessárias ao desenvolvimento e melhoramento de práticas agropecuárias. A ação foi realizada em 16 municípios acreanos ao longo do ano.
A recuperação de áreas degradadas também foi efetuada, recuperando 800 hectares dos municípios de Acrelândia, Epitaciolândia, Plácido de Castro e Senador Guiomard, ação fundamental para restaurar a produtividade do solo e a saúde dos ecossistemas.
Amigos do produtor rural
Em apoio aos pequenos produtores rurais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/AC) continuou com o apoio à classe, como no cadastramento de famílias no aplicativo Terras, para a avaliação ambiental e acesso ao crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mais Alimentos.
O projeto atende pequenos e médios produtores assentados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e visa dar acesso ao financiamento e custeio da produção, além de assistências como análise de solo, projeto de crédito, orientações sobre condução do plantio, manejo e comercialização.
A empresa também desempenha um papel essencial no apoio aos produtores rurais por meio dos extensionistas, profissionais responsáveis por levar conhecimento técnico, inovação e suporte prático às comunidades agrícolas. O órgão atua com treinamentos, oficinas e orientações personalizadas para capacitar os produtores em áreas como manejo sustentável, aumento da produtividade, controle de pragas e uso eficiente de insumos.
O núcleo realizou, em 2024, aproximadamente 700 atendimentos, sendo que 138 foram orientações técnicas, 283 prestações de informações diversas, 155 emissões de Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), 33 assessorias para associações de produtores rurais e 74 levantamentos de propriedade.
As orientações técnicas também facilitam na formação de associações, cooperativas e redes de produtores, para fortalecer a negociação, melhorar o acesso a mercados e garantir melhores condições de trabalho, além de orientar produtores sobre como gerir custos, acessar crédito rural e aumentar a rentabilidade de suas operações.
A Emater também atua nas áreas rurais, realizando cursos e capacitações que colaborem para a qualificação profissional e sustento das famílias. O trabalho social é feito com as famílias de agricultores, para que possam produzir e comercializar artesanato.
Como por exemplo o curso de artesanato para moradoras do Polo Benfica, localizado na zona rural de Rio Branco, onde extensionistas rurais da Emater ministraram um curso de confecção de bonecas para mulheres da comunidade, com duração de 40 horas.
A Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos do Acre (Cageacre) também deu continuidade ao seu trabalho de execução de armazenamento geral, classificação vegetal e abastecimento alimentar, colaborando com as políticas de desenvolvimento econômico e social no Acre.
Ao disponibilizar silos e unidades armazenadoras para secagem e armazenagem de grãos, o governo também oferece maquinários e assistência aos produtores. Atualmente, a instituição apresenta uma estrutura operacional com unidades que se encontram localizadas nas cinco regionais do estado, sendo no Baixo Acre (Acrelândia, Plácido de Castro, PAD Peixoto em Campinas, Senador Guiomard e Porto Acre), Alto Acre (Xapuri), Purus (Manoel Urbano), Tarauacá-Envira (Feijó e Tarauacá) e Juruá (Cruzeiro do Sul).
Apoio durante enchente
Durante o difícil período de enchente que assolou o Acre, a Secretaria de Agricultura, por meio do esforço dos seus servidores, foi um apoio para famílias e produtores rurais atingidos. O titular da pasta acompanhou de perto e coordenou ações governamentais de combate aos impactos da inundação na cidade de Brasileia, o município mais afetado pela cheia do Rio Acre.
O governo agiu de maneira emergencial, com doações de insumos fundamentais como água potável, cestas básicas e itens de higiene pessoal, além da mobilização com as prefeituras locais, para a manutenção de abrigos temporários em escolas que receberam as famílias com um lugar seco, seguro e com todas as principais refeições durante o período de cheia.
Durante o momento de calamidade pública, a Seagri comprou toneladas de alimentos de pequenos produtores rurais para abastecer as cozinhas dos abrigos improvisados, atendendo a necessidade básica de pessoas em vulnerabilidade e impulsionando as vendas agrícolas. As frutas, verduras e cereais foram obtidas por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do governo federal e executado pelo Estado.
Agricultura na Expoacre
A Expoacre, a maior feira de negócios e entretenimento do estado, sempre é um momento de destaque para a agricultura estadual, tendo em vista o apelo rural do evento. Ao longo dos cinco dias da edição do Juruá e dos nove dias em Rio Branco, diversas atividades foram desenvolvidas.
Em ambas as edições regionais, foi evidenciado o trabalho realizado envolvendo cadeias produtivas trabalhadas pela Seagri, apresentando ao público como se gera renda a partir das produções de mel, cacau e café, entre outros itens, expandindo os horizontes econômicos da região e impulsionando o desenvolvimento local. O evento contou com a presença de produtores rurais impulsionados pelo governo, que levaram seus produtos para venda e exposição na feira.
Com a reunião de diversos estudiosos, técnicos e produtores, a Expoacre também é uma oportunidade ímpar para a promoção de conhecimentos, como os ciclos de palestras, cursos e capacitação sobre bioeconomia, pecuária, café, mandiocultura, cacau, mel e olericultura. Neste ano, em Rio Branco mais de 20 convidados mediaram os debates e as conferências.
Para os entusiastas do café, o estande da Seagri esteve chamativo, com a apresentação da cadeia produtiva de café acreano, onde a população pôde conhecer de perto as ações desenvolvidas, além de desfrutar de degustações de cafés preparados por um barista, profissional especializado em preparar cafés de alta qualidade.
Apostando em inovações, o governo do Acre implementou o aplicativo Agricultor Digital, uma ferramenta facilitadora da venda de hortifrutis e de benefício direto para o produtor. A plataforma atendeu conectando diretamente agricultores e comerciantes a consumidores. Por meio dela, os produtores listam suas mercadorias, permitindo que os consumidores façam compras de forma prática e rápida, sem a necessidade de intermediários.
Em Rio Branco, durante a grande feira, o governo do Acre promoveu uma solenidade em homenagem aos pecuaristas que deram início ao desenvolvimento da atividade no estado. O evento reuniu autoridades, empresários, amigos e familiares dos homenageados e garantiu a outorga do Diploma de Honra ao Mérito da Pecuária para 15 pioneiros, entre eles, o governador Gladson Cameli, homenageado pelo seu apoio prestado às iniciativas em prol do desenvolvimento econômico e social.
Em um estande compartilhado na 49ª edição da Expoacre, em Rio Branco, a Cageacre e a Emater apresentaram a riqueza e a diversidade da agricultura local, além da degustação de produtos e distribuição de materiais informativos.
No estande foram demonstrados os trabalhos realizados e os resultados positivos alcançados. Outro dos destaques do estande foi a degustação de iguarias típicas como arroz-doce, bolo de milho, macaxeira, pipoca doce e salgada, além de cachaças artesanais de jambu, banana, abacaxi e de café, todas produzidas por uma pequena indústria familiar do Bujari.
Plantando para o futuro
Para o ano de 2025, a instituição governamental está articulando com a Secretaria de Planejamento (Seplan), a elaboração de um projeto de lei que vai criar o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) estadual. Atualmente, o projeto funciona no Acre com recursos federais, mas a proposta é que seja criado um programa com R$ 3 milhões de recursos do Estado.
Com mais de R$ 7 milhões investidos com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o PAA tem beneficiado mais 565 agricultores familiares do Acre, selecionados via chamada pública desde fevereiro, e agora também abrange sete terras indígenas acreanas, beneficiando mais de 280 pessoas nessas aldeias.
Ciente do potencial da tecnologia para a agricultura, para o ano que entra, a Secretaria de Agricultura está realizando a compra de cinco unidades de aparelhos de Near Infrared Spectroscopy (NIR), espectroscopia na região do infravermelho próximo, considerada uma das técnicas analíticas modernas mais promissoras para análise de solos.
O NIR tem a vantagem de ser um método rápido, preciso e sustentável de análise de solos em tempo real, suprindo demandas de pesquisas e serviços como agricultura de precisão, levantamento e mapeamento digital de solos, zoneamentos agrícolas e fixação e estoque de carbono.
A Seagri busca continuar em 2025 aprimorando o trabalho feito com cadeias produtivas já realizado com sucesso durante os últimos anos, como com a produção de milho, soja, frango e entre outras. Exclusivamente para o mel, a secretaria estadual busca a implementação de mais uma Casa de Mel em Rio Branco, ampliando ainda mais a comercialização adequada do alimento, além de apostar em novidades como o mel em pó, garantindo uma diversidade na sua utilização.
Em 2025, a Seagri está viabilizando a distribuição de 80 mil mudas de cacau para distribuir para as produções dos municípios acreanos, incentivando ainda mais a cultura do fruto.
Com as vivências e aprendizados à frente da pasta, José Luiz Tchê garante também maior proximidade de sua gestão com os produtores rurais, por perceber o valor de estar próximo de quem trabalha na ponta e conquistando crescimento de todos os setores. O gestor aponta: “O produtor rural é gigante por natureza, com todo um vasto conhecimento prático e qualquer apoio ajuda a impulsionar o seu crescimento. Queremos estar cada vez mais próximos, sendo verdadeiros parceiros ouvindo suas demandas e os incluindo em nossos planejamentos”.
Quanto ao balanço geral do ano que se passou, Tchê agradece: “Estou muito otimista com o andamento da agricultura acreana e sei que em 2025 vamos avançar cada vez mais. Acredito no governo do Acre e na força que o governador Gladson Cameli empenha em nosso trabalho. Nessa jornada agradeço aos colaboradores da Seagri, que passaram o ano empenhados em cumprir suas demandas e dar um passo à frente com cada produtor. Agradeço também as instituições parceiras que contribuem em prol do progresso econômico e da sustentabilidade”.
Fonte: Agência de Notícias do Acre