O governo do Acre, por meio da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), participou nesta quarta-feira, 24, de um painel promovido pelo Environmental Defense Fund (EDF), durante a Semana do Clima de Nova York. O evento, intitulado “Destino Belém: lições climáticas e liderança do Brasil”, reuniu representantes de diferentes setores para discutir os avanços, desafios e parcerias rumo à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em Belém (PA).
Representando o Estado, a secretária dos Povos Indígenas, Francisca Arara, destacou as políticas públicas desenvolvidas pelo governo do Acre voltadas para os povos indígenas, na conservação e proteção das florestas e enfrentamento às mudanças climáticas. Essas políticas refletem um compromisso histórico do Estado com a sustentabilidade, impulsionado por uma legislação pioneira e moderna relacionada à REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), reconhecida internacionalmente como referência.
“Temos no Acre um modelo de governança que respeita e integra os saberes dos povos indígenas e das comunidades, reconhecendo nosso papel como guardiões da floresta. A legislação de REDD+ construída no estado é fruto de uma escuta ativa dos povos originários, e isso precisa ser valorizado e replicado em outros territórios”, afirmou Francisca.

A secretária também reforçou a importância das parcerias institucionais para o fortalecimento dessas ações, destacando o papel da sociedade civil local e internacional como o EDF no apoio técnico e estratégico à implementação de políticas climáticas nos estados da Amazônia. “O apoio da EDF tem sido fundamental para alavancar iniciativas locais e garantir que os povos indígenas estejam no centro das decisões sobre clima e floresta”, completou.
O painel também contou com a presença do secretário nacional de Meio Ambiente Urbano, da diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Ane Alencar. Juntos, os participantes debateram como suas iniciativas contribuem para fortalecer a posição do Brasil como líder global em ação climática.
Francisca ainda aproveitou o espaço para alertar sobre a urgência de ações concretas no combate à crise climática e convocou a responsabilidade coletiva de governos, empresas e sociedade civil na construção de um futuro mais justo e sustentável. “A floresta em pé depende de todos nós. A COP30, em Belém, é uma oportunidade histórica para que o mundo reconheça que a justiça climática passa, necessariamente, pela justiça para os povos indígenas. Estamos prontos para liderar esse processo”, afirmou.
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Fonte: Agência de Notícias do Acre