O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) está intensificando o monitoramento nas plantações cítricas do estado para prevenir a entrada de pragas quarentenárias que podem comprometer a produção local. Entre as ameaças mais temidas estão o cancro cítrico e a huanglongbing (HLB) ou greening, doenças bacterianas que já causam grandes prejuízos em outras regiões do país.
As ações, conduzidas por engenheiros agrônomos e técnicos do instituto, fazem parte de um programa oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) focado na vigilância fitossanitária preventiva.
O objetivo é detectar precocemente a presença dessas pragas, que ainda não foram identificadas no Acre, garantindo assim um status fitossanitário favorável do estado.
De acordo com Ana Cláudia Alves D’Abadia, coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Citrícola do Idaf, o trabalho envolve visitas técnicas às propriedades rurais e ações de educação sanitária junto aos produtores e escolas rurais. “Estamos atuando de forma totalmente preventiva, seguindo as diretrizes do Mapa, porque sabemos que a introdução do cancro cítrico ou da huanglongbing pode ser devastadora para toda a cadeia produtiva dos cítricos no Acre. Nosso papel é orientar sobre as melhores práticas de manejo e controle, fortalecendo a capacidade local de detectar qualquer sinal dessas doenças de forma rápida e eficaz”, afirmou.
O monitoramento e reconhecimento de registro oficial como área livre de cancro cítrico é essencial para os produtores de limões, laranjas, tangerinas e limas ácidas, garantindo um status fitossanitário, que assegura a comercialização interestadual de frutos e mudas. Quanto ao HLB ou greening, o estado do Acre, é classificado pelo Mapa como unidade da federação sem ocorrência. Portanto, o monitoramento é de extrema importância para preservar este status, uma vez que a presença dessas pragas comprometeria tanto a produção local quanto o comércio interestadual.

Para Kevin Walles, engenheiro agrônomo do Sítio São Francisco, em Bujari, um dos maiores produtores do Acre, destaca a importância da fiscalização preventiva para a segurança e qualidade dos cítricos produzidos na região. “A fiscalização constante ajuda a evitar a entrada de pragas e doenças e nos dá mais confiança para negociar nossos produtos com municípios como Rio Branco, Bujari, Capixaba e Cruzeiro do Sul. A assistência técnica, especialmente no controle e manejo da nutrição das plantas é fundamental para manter a saúde das árvores e garantir uma produção consistente e de qualidade”, comentou.

Sobre os sintomas das pragas, Ana Cláudia Alves D’Abadia explica que o cancro cítrico provoca lesões nas folhas, frutos e ramos, podendo causar queda precoce dos frutos e redução na produtividade. Já a HLB, considerada uma das mais graves doenças dos cítricos no mundo, provoca folhas amareladas, frutos deformados e pode levar à morte da planta em poucos anos. A doença é transmitida por inseto vetor, o psilídeo Diaphorina citri.
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Fonte: Agência de Notícias do Acre