A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) promoveu, nesta sexta-feira, 16, um encontro com representantes da rede de proteção à criança e ao adolescente, com foco na promoção da segurança escolar. A reunião, realizada no Núcleo de Educação de Porto Acre, reuniu instituições como o Ministério Público (MPAC), a Secretaria Municipal de Saúde, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e o Especializado (Creas), o Conselho Tutelar e a Polícia Militar (PMAC).
O encontro integra uma série de ações que vêm sendo realizadas em diversos municípios do Estado, como Epitaciolândia, Brasileia, Sena Madureira e Xapuri. Segundo o secretário adjunto de Administração da SEE, Reginaldo Prates, o objetivo principal dessas reuniões é alinhar e fortalecer a rede de proteção, promovendo um diálogo entre os órgãos envolvidos e avaliando a infraestrutura de cada instituição.
“A rede de proteção precisa estar sincronizada. Esses encontros são importantes para organizarmos o fluxo de atendimento às situações de violência dentro do ambiente escolar. Ao final desse processo, teremos protocolos e fluxogramas de atendimento mais claros para as vítimas”, afirmou.
A chefe do Departamento de Segurança Escolar da SEE, Mila Almeida, destacou a importância do evento para a construção de um ambiente escolar mais seguro e acolhedor. Ela também apresentou os principais projetos em andamento voltados para a segurança e prevenção de conflitos nas escolas, como o programa “Justiça Restaurativa”, em parceria com o Tribunal de Justiça, que capacita educadores para atuarem como facilitadores de conflitos no ambiente escolar.
Outros projetos também foram destacados, como o “Defensores do Futuro”, realizado com a Defensoria Pública do Estado e que trabalha com temáticas como educação emocional, direitos e empreendedorismo, além do “MPT Vai à Escola”, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, que aborda o combate ao trabalho infantil e a profissionalização de adolescentes.
“Esses projetos representam a intervenção primária que estamos promovendo nas escolas, com o intuito de prevenir situações de violência e promover a convivência escolar saudável”, explicou Mila Almeida.
A gestora da Escola Edmundo Pinto de Almeida Neto, Marilene Freire, ressaltou a relevância do encontro para os gestores escolares, que muitas vezes não sabem a quem recorrer diante de situações complexas vividas por alunos dentro e fora do ambiente escolar.
“A escola tem o papel pedagógico, mas não tem a competência técnica para lidar com questões psicológicas ou sociais profundas. Com essa rede bem estruturada, saberemos exatamente para onde encaminhar nossos alunos e como garantir que recebam o apoio necessário. A escola precisa ser o lugar mais seguro na vida dessas crianças”, disse.
Ela enfatizou ainda que, ao fortalecer o vínculo com os órgãos da rede de proteção, a escola poderá intervir com mais eficácia em casos de violência, promovendo uma convivência mais harmoniosa dentro das salas de aula.
“Muitas vezes os alunos trazem para a escola a violência vivida em casa. Nosso papel é mostrar a eles que aqui é um espaço diferente, um lugar de acolhimento, de desenvolvimento. Talvez não possamos mudar suas famílias, mas podemos oferecer uma nova perspectiva de vida”, concluiu.
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Fonte: Agência de Notícias do Acre
