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Governo do Amapá debate mercado de carbono em Fórum de Mudanças Climáticas

Fórum de Mudanças Climáticas debateu questões sobre serviços ambientaisReforçando políticas públicas de enfrentamento às mudanças climáticas, o Governo do Estado promoveu durante dois dias o Fórum de Mudanças Climáticas (Famcsa). O evento, que encerrou na quinta-feira, 12, reuniu representantes da sociedade civil e lideranças e indígenas para debateram questões sobre serviços ambientais.

A programação visa fomentar discussões sobre o engajamento de diferentes setores, alinhamento estratégico e compartilhamento de projetos inovadores, além de reforçar a transparência e a eficiência no planejamento e execução de ações sobre o clima no estado.  O encontro, coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), também buscou capacitar e promover o controle social sobre políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas.

A secretária de Estado do Meio Ambiente, Taisa Mendonça, reforça que o encontro estabelece um meio estratégico de integrar diversos setores e, principalmente, os povos originários que cumprem papéis indispensáveis enquanto guardiões da natureza.

Secretária de Estado do Meio Amabiente, Taisa Mendonça“O engajamento de diversos setores nas questões referentes às mudanças climáticas reforça o trabalho estratégico para mitigar esses impactos no estado. Além disso, buscamos garantir a conservação de nossos ecossistemas com iniciativas que mantém a nossa floresta em pé”, pontuou Taisa.

Entre os participantes do Fórum, Dalson Karipuna, coordenador geral da Associação Indígena do Povo Karipuna, destacou que é fundamental acompanhar as discussões sobre o meio ambiente, inclusive, entender sobre os créditos de carbono com a floresta preservada.

Dalson Karipuna, coordenador geral da Associação Indígena do Povo Karipuna“Para nós, é fundamental o apoio do Governo do Estado que nos proporciona acompanhar todas essas discussões e participar de decisões sobre o território onde moramos, pois vivemos um momento difícil causado pelas mudanças climáticas. Então, enquanto originários da terra que cuidamos e preservamos, chegar até aqui é muito importante para nossos direitos”, declarou Dalson Karipuna.

O Famcsa é uma instância consultiva do Sistema Estadual de Clima e Incentivos aos Serviços Ambientais do Amapá (Secisa), ligado a lei que estabelece a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas, Conservação e Incentivos aos Serviços Ambientais (Pecisa). Além disso, busca integrar representantes do poder público, sociedade civil organizada, instituições de ensino superior, instituições científicas, povos e comunidades tradicionais, além do setor produtivo.  

Coordenador sênior de Políticas na Conservação Internacional Climática, Bruno Lacerda“Temos uma parceria de mais de 20 anos com o Amapá, garantindo que a conservação ambiental e os serviços ecossistêmicos aconteçam. Durante o evento, também trabalhamos o mercado de carbono, chamado de RED, no qual já somos apoiadores do estado. Essas questões estarão na COP30 que o Brasil vai receber”, detalhou o coordenador sênior de Políticas na Conservação Internacional Climática, Bruno Lacerda.

O Fórum representa um passo importante que consolida o protagonismo do Amapá na agenda ambiental, promovendo o diálogo entre diversos setores e fortalecendo as políticas públicas voltadas à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e à conservação ambiental.

Coordenadora para Clima e Serviços Ambientais da Sema, Maiara Sabrine“Estamos há quase um ano da realização da COP30, e essa reunião do Famcsa é relevante para conseguimos reunir os povos originários e tradicionais da floresta para compartilhar conhecimentos e buscar soluções, mas sobretudo, para a reflexão do papel de cada um de nós sobre os impactos das mudanças climática e a mitigação deles”, explicou a coordenadora para Clima e Serviços Ambientais da Sema, Maiara Sabrine.

O encontro também abordou diversos temas relacionados à agenda climática e ambiental do estado, com destaque para a contextualização do fórum; atividades desenvolvidas em 2023 e 2024; Plano de Engajamento de Atores; apresentação de iniciativas, problemáticas e projetos; estratégias de repartição de benefícios e Plano de Trabalho para projetos de REDD+ (Redução de Emissões provenientes do Desmatamento e Degradação Florestal).

Fonte: Agência de Notícias do Amapá

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