Com objetivo de encerrar o uso de papeis e cumprir a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), por intermédio das diretorias de Tecnologia da Informação, de Gestão de Pessoas, e de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho, tem implementado o projeto Prontuários Médicos e Dossiês Digitais, para digitalização de documentos relacionados aos servidores efetivos, comissionados e aposentados, bem como prontuários médicos dos atendimentos realizados pela equipe de saúde da Casa.
O diretor-adjunto de Tecnologia da Informação da Casa, Diego Mendes, destacou que o processo de digitalização na Alego teve início em 2022 e, desde então, várias ações foram implementadas para que o uso de papel seja zerado. Assim, ele apontou que o processo de digitalização dos dossiês de servidores efetivos e comissionados é uma das umas últimas etapas do projeto, junto à implementação dos prontuários digitais.
Cultura digital
O diretor comentou, também, que ao longo do processo a equipe esbarrou em algumas dificuldades técnicas e operacionais. “Diversos desafios foram encontrados ao longo do caminho, sendo o maior deles a eliminação do papel. A sociedade ainda é muito vinculada a ter um documento em mãos e transformar isso em digital ainda traz insegurança às pessoas. Por isso, estamos fazendo esse processo gradualmente, para que os servidores se acostumem a essa cultura do digital aos poucos”, declarou.
Diego enfatizou que a expectativa da TI é que ao longo de 2025 todo o processo seja concluído. “Ainda não temos a legislação digitalizada consolidada e entregue para a sociedade, mas isso já faz parte do projeto Alego Digital e essa será a última etapa a ser cumprida, já no ano que vem.
Por fim, o diretor-adjunto apontou que um projeto que ainda está em desenvolvimento é a atualização do Alego Digital, por enquanto denominado Alego Digital 2.
Sulema de Oliveira Barcelos, diretora de Gestão de Pessoas, apontou que o projeto foi idealizado pela presidência da 20ª Legislatura, incialmente visando a economia de recursos com a redução do uso de papel, o que levou a contratação da plataforma Alego Digital.
“É uma vantagem. Por exemplo, quando o servidor se aposentar ou precisar de uma declaração para algum outro serviço público, como Ipasgo ou INSS, fazemos a busca nos dossiês para fazer essa declaração. E mesmo que seja uma declaração simples, de duas páginas, é muito demorado, pois tem esse processo de descer no arquivo e procurar essas pastas. Então esse processo de digitalização facilitará a busca e consequentemente transformará o processo em algo muito mais prático”.
Organização
Outro ponto importante do projeto abordado pela diretora foi em relação à organização dos documentos. “Fizemos um esforço para organizar esses dossiês, pois estavam fora de ordem, alguns misturados”.
Sulema destacou, ainda, que a expectativa das equipes envolvidas na implementação do projeto é de que a partir de novembro de 2024, todas as novas contratações feitas no âmbito da Casa de Leis já sejam inteiramente digitais. “Tivemos uma reunião para definir, junto à presidência, como se dará o procedimento de como fazer para que a documentação já nasça digital. Então, a expectativa é que, a partir do treinamento que será feito em novembro, qualquer nova contratação já será feita com a documentação inteiramente digital”.
Por fim, a diretora de Gestão de Pessoas ressaltou que o maior número de processos a serem digitalizados são referentes a servidores em cargos de comissão. “Neste momento estamos realizando a digitalização dos comissionados. E a expectativa é que os novos documentos sejam todos digitalizados. Por exemplo, toda aquela documentação que os deputados trazem e entregam para a presidência para contratação, não existirá mais, será tudo via sistema digital para diminuir o papel”, explicou.
Prontuários médicos
A chefe da Seção de Serviços Médicos, Lis Tairiny de Souza destacou que a seção médica também avançou no processo de digitalização. Ela apontou que os últimos médicos a tomarem posse na seção já utilizavam modelos digitalizados. “Os últimos médicos que tomaram posse já faziam tudo pelo computador. Então, os receituários, históricos e as anamneses dos pacientes, tudo era feito de forma digital”, observou.
O secretário de Serviços Médicos da Alego, Lucas Adorno, comentou que a mudança da sede do Parlamento Goiano para o Palácio Maguito Vilela evidenciou para a equipe de Saúde a importância de modernizar o processo. “Nós percebemos a necessidade de ter o digital. Nós já tínhamos muitos prontuários antigos e são documentos que ficam para sempre. Então nós estamos nesse processo de digitalizar os prontuários, o que deve levar, em média, seis meses”, apontou.
Adorno ressaltou ainda, que o trabalho não termina após a digitalização dos documentos e reiterou os benefícios do processo, sobretudo em dinamizar o atendimento. “Depois de digitalizá-los, é preciso conferir prontuário por prontuário, verificar se as informações batem, se estão completas e se estão seguras digitalmente antes de subir para o Alego Digital. Há muitos documentos também que se misturam, ficam fora de ordem, então é preciso fazer toda essa organização”.
O secretário de Saúde e Meio Ambiente do Trabalho, Eduardo Bernardes afirmou que o processo de digitalização foi motivado principalmente com o objetivo de acompanhar a rede de saúde no movimento de modernização. “Esse processo teve como ponto de partida o acompanhamento da tecnologia aplicada em todas as unidades de saúde do Brasil. Hoje temos o E-SUS, onde todas as informações de usuários do sistema sobem para uma nuvem. E, também, os grandes hospitais que compartilham as informações dos pacientes a partir de plataformas digitais de prontuários médicos”, finalizou.
Fonte: Portal da Alego
Fonte: Agência Assembleia de Notícias