Participantes da sessão solene ressaltam importância dos direitos humanos em defesa da garantia à vida

Em sessão solene em homenagem ao Dia Internacional dos Direitos Humanos e aos 40 anos do Conselho Regional de Serviço Social de Goiás (Cress), a secretária de juventude da Federação Árabe Palestina do Brasil, Maynara Coelho Nafe pontuou que a alegria maior em celebrar o Dia Internacional dos Direitos Humanos é observar a presença das crianças e o desenvolvimento de uma vida. Entretanto, ela pontuou o alto número de crianças mortas diariamente, sobretudo no conflito Israel-Palestina.

Ela pontuou que na presente data se completam dois meses do que considerou “o primeiro genocídio televisionado do povo palestino” e ressaltou que há 76 anos o povo palestino vive uma “brutal segregação social”. Assim, ela finalizou destacando que a luta pelos Direitos Humanos é árdua e a nobreza dessa luta é para que a geração futura viva melhor que do que a atual. 

O promotor de justiça Haroldo Caetano discursou em nome dos homenageados, e na oportunidade ele fez uma reflexão sobre os Diretos Humanos e sua importância na coletividade da humanidade. Na sua explanação iniciou contextualizando o conflito Israel e Palestina, pontuando que a Declaração Universal dos Direitos Humanos é de 10 de dezembro de 1948 e a criação do estado de Israel é de um ano antes, em 1947.

“É um paradoxo observar os assassinatos em massa contra uma população indefesa, sem qualquer preocupação com os limites internacionais impostos, inclusive em guerras. Não há palavras para descrever os absurdos, os crimes de guerras cometidos diariamente. Direitos Humanos são uma utopia. Acendimentos como instrumento de civilização, e mais do que nunca, precisamos refletir a máxima de Paulo Freire, pois sem nós, não existe eu. Falar de direitos Humanos passa pelo processo de formação da subjetividade e das gerações que virão. Se quisermos um futuro com Direitos Humanos, é fundamental a educação de qualidade para a convivência fraterna. Nossa vida e nosso papel no mundo precisa ser norteadora nesse 10 de dezembro. Pensa em Direitos Humanos é pensar em todos nós”, assinalou.

Ele ainda refletiu que um futuro com direitos humanos pressupõe a educação das  crianças para solidariedade e para convivência fraterna entre seres humanos. “Precisamos mais que nunca falar de amor ao próximo e amor do nosso planeta, pensar nos direitos humanos é pensar na humanidade”.

Ele encerrou sua fala citando Vinícius de Moraes, poeta e compositor brasileiro. “Pense nas crianças mudas telepáticas, pense nas meninas cegas inexatas, pense nas mulheres, rotas alteradas, pense nas feridas como rosas cálidas, mas só não se esqueça da rosa, da rosa, da rosa de Hiroshima, a rosa hereditária a rosa radiotiva, estúpida, inválida arosa com cirrose a anti-rosa atômica sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada.”