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SAP visita modelo de Escola de Educação Profissional que será implantada em unidade prisional

Os internos do sistema prisional do Ceará agora terão mais motivos e incentivos para aprender e sonhar. A Secretaria da Administração Penitenciária, em parceria com a Secretaria da Educação (Seduc), construirão a primeira Escola Estadual de Educação Profissional para Pessoas Privadas de Liberdade (EEEPPL).

A escola será instalada dentro do sistema prisional, onde terá turmas do Ensino Médio integradas à Educação Profissional Técnica de Nível Médio. A iniciativa visa ampliar a oferta educacional direcionada aos internos, integrando atividades formais, não formais e profissionais.

A Seduc ficará responsável nas questões pedagógicas, administrativas e financeiras necessárias para a oferta da educação e preparação para o trabalho. Já a SAP vai disponibilizar o espaço e a estrutura organizacional da unidade prisional para que as aulas aconteçam.

A primeira Escola Estadual de Educação Profissional será instalada na Unidade Prisional de Estudo, Capacitação e Trabalho (UPECT). A unidade de ensino será pioneira no Brasil em ofertar conteúdos da base curricular, aliados a um curso técnico.

Visita

 

O secretário da administração penitenciária, Mauro Albuquerque, visitou a Escola Estadual de Educação Profissional Professor Francisco Aristóteles de Sousa, em Itaitinga. Durante a visita, a comissão da Secretaria da Educação (Seduc) apresentou a estrutura física do local e a metodologia abordada para ser replicada na nova escola profissionalizante do sistema prisional. Além disso, também foram alinhadas a ampliação de ações complementares do projeto.

Em seguida, a comitiva visitou o estabelecimento penitenciário onde será feita a construção da unidade de ensino. Os representantes conheceram, de perto, o modelo gerencial do sistema penitenciário cearense. Na ocasião, foi apresentado o local destinado à instalação da escola, além de apresentar os espaços administrativos, as empresas instaladas e as salas de aulas onde ocorrem as atividades educacionais da unidade.

O titular da Pasta, Mauro Albuquerque, considera a instalação da unidade de ensino essencial para uma ressocialização efetiva. “Entre tantos projetos de reinserção social dos internos, considero a educação o maior de todos. Chegamos a esses resultados incríveis devido às parcerias feitas no caminho. A Seduc nos deu muito suporte e agora vamos pôr em prática o desafio da Escola Estadual de Educação Profissional e alcançar mais um marco na educação em prisões do Ceará”, concluiu.

O coordenador da educação da SAP, Rodrigo Moraes, destaca que é através da educação que se dignifica o homem. “O desafio da Secretaria da Administração Penitenciária é ampliar as ações educacionais nas unidades garantindo aos internos educação, capacitação e trabalho. Essa escola é reflexo disso, pois eles terão a oportunidade de estudar e se capacitar para ter melhores condições para ingressar novamente no mercado de trabalho. Além disso, será a primeira escola de educação profissional dentro de uma unidade prisional no Brasil. O Estado do Ceará sempre inovando nas parcerias para fortalecer ainda mais as ações de ressocialização dos internos”, afirma.

O coordenador de Educação Profissional do Estado do Ceará, Rodolfo Sena, ressalta a importância de oferecer qualificação profissional aos internos do sistema prisional. “Investir na capacitação dos internos é um caminho para que essas pessoas saiam do sistema com uma oportunidade de fazer a sociedade olhar com outros olhos para sua reinserção. O projeto é inovador a nível nacional e esperamos que os internos possam aproveitar esses cursos que serão oferecidos”, disse.

A professora e coordenadora da Coordenadoria de Diversidade e Inclusão Educacional, Noemi Rezende, comenta sobre o projeto. “Nesse momento eu vejo como de extrema importância estratégica, social e política a SAP e SEDUC convergirem esforços no sentido de avançar na garantia de direitos a escolarização dos internos. A criação dessa escola vai assegurar e proporcionar perspectivas de profissionalização, de empregabilidade e investimentos concretos na ressocialização. Não é por que essas pessoas estão nessa ambiência de privação que não possuem direitos como todo cidadão. Essa iniciativa é muito louvável, pois ofereceremos a oportunidade para esses internos de se profissionalizar e construir hoje, no presente, um futuro melhor para sua família”, afirma.

A professora dos anos iniciais da UPECT, Erinelda Rocha, está muito feliz com o crescimento das ações educacionais dentro do sistema prisional. “Sou uma professora incentivadora e acredito no trabalho que a educação pode atingir. Sempre trabalho na perspectiva da ressocialização e que os internos tenham interesse não somente pela remissão de pena, mas na formação em si. Nós, quanto professores, olhamos para os internos de fato como alunos e principalmente como pessoas que precisam desse amparo educacional para resgatar sua cidadania”, conclui.

 

Fonte: Governo do Estado do Ceará

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