O serviço de internet via satélite Starlink, oferecido pela SpaceX de Elon Musk, deve começar logo testes de transferência de dados por meio de tecnologia laser, segundo um e-mail que vem sendo enviado pela empresa a seus assinantes, relacionando atualizações que o serviço vai receber.
A ideia é reduzir a latência da plataforma, tornando-a mais veloz. Segundo a newsletter, novos satélites com tecnologia laser devem melhorar a qualidade da conexão do Starlink, aproximando-se de uma ambição que Musk havia manifestado durante a MWC 2021: reduzir essa latência para menos que 20 milissegundos – um volume de tempo menor que a internet cabeada via fibra óptica ou no 5G.
Atualmente, transferências de dados via satélite necessitam da comunicação entre o referido satélite e uma estrutura no solo, e dessa estrutura de volta para o satélite antes do sinal ser distribuído aos usuários. Com a atualização, essa parte mais demorada do processo de conexão deve ser amplamente acelerada.
Outro ponto interessante do uso da tecnologia de lasers para a conexão de internet da Starlink, é o fato de que esse sistema poderá promover a troca de satélites de comunicação de forma mais veloz e fluída.
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Os satélites da plataforma são geoestacionários, ou seja, eles acompanham o movimento de rotação da Terra. Se por alguma razão isso fazer com que sua cobertura seja reduzida (por alguma interferência de sinal, por exemplo), o próprio serviço poderá fazer uma troca por outro satélite, mantendo a sua conexão estável e sem atrasos ou gargalos. Atualmente, a SpaceX já posicionou 1.737 satélites Starlink na órbita terrestre. Entretanto, não há uma estimativa de prazo para que isso ocorra.
Outro anúncio feito na newsletter é uma atualização de software que antecipa melhorias na gestão do aumento súbito de temperaturas: devido ao clima imprevisível dos Estados Unidos, alguns usuários vinham relatando quedas de serviço à medida que o calor aumentava – incorrendo à mensagem de erro “Desligamento por temperatura” (“Thermal Shutdown”, em inglês). Essa mudança deve ocorrer nas próximas semanas.
Finalmente, o aplicativo dedicado da plataforma Starlink também ganhará uma atualização, inaugurando novas opções de segurança graças à adoção do protocolo WPA3, que garante criptografia mais eficaz; a capacidade de alterar nomes e senhas de sua conexão; e a habilidade de separar as faixas de 2.4GHz e 5GHz – anteriormente, era oferecida apenas uma conexão dinâmica, e o sistema fazia essa separação em segundo plano, sem ação pelo usuário (a não ser que eles usassem um roteador wi-fi próprio com essa capacidade). Esta última também não tem um prazo definido para chegar.
Hoje, o serviço Starlink está disponível em beta público em 11 países (EUA, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Nova Zelândia, Austrália, França, Áustria, Holanda, Bélgica e Dinamarca); testes fechados em dois (Irlanda e Chile); e finalmente, em fase de planejamento para o México em outubro de 2021.