Apesar de muita reclamação e de longas filas, o Distrito Federal registrou um recorde de doses aplicadas de vacinas contra a covid-19 em um único dia. Segundo dados da secretaria de saúde, ontem (23), primeiro dia de mutirão, 76.922 pessoas foram imunizadas entre 8h e 17h, em 96 pontos de vacinação abertos. Desse total, 60.473 receberam a primeira dose, e 16.213, a segunda. Outras 236 foram vacinadas com a Janssen, no formato de dose única.
Neste sábado (24) e domingo (25), o mutirão continua com 74 pontos que funcionarão até as 17h. O Comitê de Vacinação decidiu reduzir o número de pontos de vacinação para o sábado, tendo em vista o avanço da aplicação de doses nesta sexta-feira. A expectativa da secretaria de saúde é imunizar, até amanhã, 100 mil pessoas com 37 anos ou mais com a primeira dose. Para a segunda dose, a pasta espera atender 182 mil pessoas até o fim do mês. Desde ontem, não é mais preciso agendar a vacinação na capital federal – quem pertence ao público-alvo deve comparecer com documento de identidade a um dos postos.
“Quero agradecer ao empenho de todos os servidores que trabalham diariamente vacinando a nossa população. Esse quantitativo de pessoas vacinadas hoje mostra todo o potencial que nossas equipes têm para alcançar cada vez mais pessoas e aumentar a cobertura vacinal”, destacou o secretário de Saúde Osnei Okumoto. Ainda segundo o secretário, o Distrito Federal depende agora da chegada de mais doses para ampliar a vacinação para uma nova faixa etária.
A campanha já atingiu 54,39% de cobertura vacinal, considerando os indivíduos que receberam a primeira dose e 21,44% para aqueles que completaram a imunização, recebendo a segunda dose ou a dose única. Desde que a imunização contra o novo coronavírus começou, a capital federal já vacinou 1.209.244 com a primeira dose, 447.937 com a segunda e 47.201 com a dose única.
Mudanças
A suspensão da exigência de agendamento para vacinação por idade no Distrito Federal veio depois que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) entrou, no dia 30 de junho, com uma ação civil pública para obrigar o governo do Distrito Federal a abandonar a estratégia. Entre outros argumentos, para a OAB, a exigência antecipada de cadastro prévio para imunização não tem amparo legal.
Ainda na avaliação da entidade, o método causa segregação social e impede que toda a população receba as aplicações dos imunizantes.
Fonte: Agência Brasil