“Pedimos a compreensão e o esforço de todos para o cumprimento das medidas previstas no novo decreto de enfrentamento à Covid-19 em nosso estado”. O apelo foi feito pelo secretário-executivo de Planejamento e Orçamento da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), Flávio Ataliba, ao participar de live transmitida nesta sexta-feira, dia 5, na página do Governo do Ceará no Facebook. Durante mais de uma hora, o Secretário respondeu dúvidas e questionamentos sobre o Decreto Nº 33.965, publicado no último dia 3, do Diário Oficial Estado, que traz medidas mais restritivas e rígidas de distanciamento social.
“Mais uma vez estamos nesse esforço do Governo do Ceará para esclarecer e tirar dúvidas da população a respeito das últimas medidas anunciadas”, acrescentou Flávio Ataliba. O novo decreto estabelece o fechamento das atividades não essenciais. Apenas serviços e atividades essenciais podem funcionar a partir desta sexta-feira dia 5, até o dia 18 de março. “É mais um período no qual precisaremos do esforço da população. Como já sabemos, nas últimas semanas houve uma aceleração da contaminação de novas variantes do vírus no estado do Ceará, especialmente em Fortaleza”, salientou.
O Secretário lembrou que o Governo do Ceará já vinha adotando medidas importantes como o toque de recolher, a restrição de utilização de espaços públicos, funcionamento de restaurante nos fins de semana até as 15 horas, dentre outras. “Uma série de esforços foi feita pelo governador Camilo Santana, sempre ouvindo o comitê que acompanha a pandemia da Covid, para estabelecer mecanismos para frear a evolução desse vírus”, enfatizou Ataliba.
Nas últimas semanas, porém, não apenas no estado do Ceará, mas praticamente em todo o Brasil, foi registrado um aumento significativo de pessoas contaminadas, bem como de óbitos. “É uma situação complexa e complicada em Fortaleza e nos municípios do estado. E o resultado foi o aumento da pressão no sistema de saúde”, destacou o Secretário.
Em meio ao agravamento da situação, a única medida capaz de realmente conter esse avanço é foi a adoção desse novo decreto, estabelecendo o isolamento até o dia 18. Ataliba lembrou que em maio do ano passado, o Governo adotou pela primeira vez o isolamento social mais rígido, que resultou numa significativa redução do avanço da doença àquela época, o que permitiu ao Governo lançar, já no início de junho de 2020, o plano de retomada das atividades econômicas e comportamentais no Ceará.
Conforme números apresentados pelo Secretário, o novo cenário permitiu à época a reabertura da economia em etapas, chegando ao final de 2020 com praticamente 95% da economia funcionando. “Queremos lembrar que no terceiro trimestre do ano passado, o PIB cearense cresceu 16,7%, bem superior ao do Brasil que avançou pouco mais de 7%”, citou Ataliba.
No início deste ano, porém, apareceram as novas variantes do vírus que, segundo especialistas são muito mais agressivas e a velocidade de propagação é muito maior. “Fomos, então, obrigados mais uma vez a se utilizar do instrumento do isolamento rígido. Mas há diferenças em relação ao ano passado: a indústria continua a funcionar, enquanto no ano passado foi fechada, e diversos serviços essenciais continuam a atender sem restrição de horários”, informou o Secretário. Algumas atividades educacionais, como creches com crianças até 3 anos, estão abertas. No ensino superior, as atividades práticas, que precisam ser presenciais, estão autorizadas. O setor educacional pode também funcionar de forma remota.
“O que esperamos após esse novo momento de isolamento rígido é iniciar um novo processo de reabertura da economia, especialmente nesses setores que estão agora impactados”, manifestou o secretário da Seplag. “E a perspectiva é muito positiva porque, diferente do ano passado, temos a vacinação. Até final de março e começo de abril, um milhão de doses devem chegar no Ceará e aí vamos poder intensificar a vacinação. Esperamos que até junho grande parte da população cearense esteja vacinada”, declarou.