Neste domingo (24), última fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), assim como na primeira, o processo da entrega dos malotes à realização do exame, ocorreu dentro da normalidade nos 928 locais de prova. Os trabalhos iniciaram às 6h no Exército. A partir das 7h, os veículos dos Correios, juntamente com viaturas da Polícia Militar, se deslocaram para a entrega dos malotes contendo as provas. Em três horas, o serviço já havia sido finalizado em todo o Estado.
Antes mesmo dos malotes da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) chegarem em solo paraense, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Segup) tem todo um planejamento, através da Operação Enem, que viabiliza a entrega das provas de forma rápida e segura em todas as regiões do Pará, que realizam o certame. Agora, neste final de domingo (24), se inicia a logística reversa com o recolhimento e logística dos malotes contendo as provas até que elas cheguem no estado do Rio de Janeiro para a correção.
Paralelo à atuação nas ruas, no Centro Integrado de Comando e Controle Estadual (CICCE), representantes de órgãos envolvidos na operação acompanhavam os trabalhos. Eles também receberam informações dos Centros Regionais instalados em 13 cidades paraenses (Marabá, Capanema, Castanhal, Soure, Breves, Paragominas, Tucuruí, Redenção, São Félix do Xingu, Santarém, Itaituba, Abaetetuba e Altamira), e alimentavam o sistema estadual que repassava os dados para o Centro Nacional, instalado em Brasília por meio do sistema Córtex.
Integração – O trabalho envolveu, de forma integrada, representantes de diversas instituições, como Correios, Exército, Polícias Civil e Militar, Grupamento Aéreo e Fluvial da Segup, Departamento de Trânsito do Estado (Detran), Guardas Municipais, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Equatorial (concessionária de energia elétrica), Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O efetivo total empregado no Pará para a operação Enem é de sete mil agentes.
“Neste segundo dia de prova do Enem estamos usando a mesma estrutura utilizada da primeira vez, pois funcionou muito bem. Dessa vez estamos com um número até mais baixo de ocorrências relacionadas à queda de energia e criminais. Esse resultado só é possível através da integração, pois aqui no Centro de Comando nós reunimos todos os órgãos de segurança, do Estado, do município, além dos outros órgãos envolvidos na aplicação do certame, garantindo celeridade nas respostas das ocorrências”, afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.
Ocorrências – No último dia de prova foram registradas 11 ocorrências em todo o Estado até às 20h30, todas elas relacionadas a interrupção de energia elétrica nos municípios de Ananindeua, Anajás, Belém (2), Capitão Poço, Barcarena (3), Capanema e Limoeiro do Ajuru (2). Todas solucionadas rapidamente.
Em uma escola particular de Belém, um estudante foi proibido de fazer a prova ao tentar usar como identificação um cartão de crédito em vez de um documento oficial com foto. O caso não gerou registro policial e o participante não conseguiu realizar o exame.
“O exame ocorreu dentro da normalidade, sem casos graves de violação. Para garantir isso, nós estamos com nosso efetivo espalhado em todos os lugares que as provas foram realizadas, atuamos em 80 localidades, desde a escolta das provas, durante o processo de realização e após o término fazendo a logística reversa”, disse o comandante-geral da Polícia Militar do Pará, coronel Dílson Júnior.
A Polícia Civil construiu um planejamento integrado para o dia da realização da prova. Nas 14 superintendências, incluindo a Região Metropolitana de Belém. O trabalho é feito de forma conjunta com os comandantes da Polícia Militar Regional. Em todas as ocorrências, que poderiam gerar intervenção policial, a PC esteve pronta para atuar.
Para o representante da Diretoria de Polícia Metropolitana e Diretoria do Interior da Polícia Civil, delegado Dilermando Dantas, a operação tem sido exitosa, e a Polícia Civil tem trabalhado de forma integrada para combater qualquer ocorrência.
“Nós estamos preparados para agir de forma célere caso ocorra infrações comuns no Enem, como o uso de cola eletrônica. Nós temos uma equipe na Delegacia de combates a crimes cibernéticos e também uma equipe do núcleo de inteligência, investigamos e esclarecemos rapidamente todos os casos que chegam até nós”, destacou o delegado Dilermando Dantas.
Tecnologia – A operação contou ainda com a utilização de 170 câmeras de monitoramento utilizadas para acompanhar a movimentação próxima aos principais locais de provas e vias da Região Metropolitana de Belém. A Polícia Militar também esteve nas portas das escolas realizando o policiamento preventivo.
Ocorrências primeiro dia – No domingo anterior (17), 12 ocorrências foram computadas até às 19h, sendo 10 interrupções no fornecimento de energia elétrica, ocorridas nas cidades de Abaetetuba, Altamira, Ananindeua, Benevides, Marituba (2), Outeiro, Parauapebas, São Miguel e Capanema. Em todos os locais o reestabelecimento ocorreu de maneira célere.
Em Ananindeua, no bairro 40 Horas, houve o registro de um entulho com fogo próximo a um local de aplicação de prova. O Corpo de Bombeiros foi acionado e debelou o fogo. A 12ª ocorrência foi registrada em Parauapebas, região sudeste do Pará, onde uma pessoa foi pega com nomes de autores escritos de caneta na palma da mão. O fato foi registrado como contravenção no local de prova e a candidata eliminada.