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Adepará prossegue o monitoramento da mosca-da-carambola em Breves


Agentes da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) monitoraram a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), inseto considerado a maior ameaça à fruticultura nacional, na manhã desta quinta-feira (21), no município de Breves, no Arquipélago do Marajó. O monitoramento faz parte do trabalho regular da Agência, e prossegue mesmo durante a pandemia, por meio do Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (Pnemc).

Breves é o mais recente município a conquistar o status de área erradicada da praga. Em dezembro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mudou o status de “área com foco” para “área erradicada”. O sucesso é fruto do trabalho de detecção e correção desenvolvido pela Adepará.Técnicos da Adepará mostram as armadilhas usadas para captura do inseto

“Precisamos realizar este trabalho de forma ininterrupta, para nos certificarmos da ausência ou presença da mosca-da-carambola. Por isso, são instaladas armadilhas nos hospedeiros e monitoradas uma vez por semana. Sem esta rotina, a praga poderia se disseminar, o que levaria todo o mercado nacional de exportação de frutos in natura se tornar alvo de restrições”, explicou o agente fiscal agropecuário da Adepará, Ronaldo Oliveira, enfatizando a importância do monitoramento constante.

A mosca-da-carambola ataca mais de 30 espécies diferentes de frutas, incluindo laranja e tangerina. A presença da mosca afeta diretamente a economia, uma vez que os produtores da região atingida pela praga ficam impedidos de comercializar para outras localidades.

As ações corretivas se dão em três frentes: detecção, correção e educação. Para identificar a presença do foco da mosca são instalados dois tipos de armadilhas: a Jackson, que captura machos, e a McPhail, que captura machos e fêmeas. Ambas são identificadas e georreferenciadas para possibilitar o monitoramento.

A correção é feita pela pulverização de iscas tóxicas, com os inseticidas adequados, coleta e destruição dos frutos atacados e controle do trânsito. Os frutos da região afetada, que são hospedeiros da praga, não podem transitar para o restante do Estado.

A equipe faz o monitoramento mesmo com o município já tendo o status de área erradicadaA Lei Estadual nº 7.392/2010 prevê penalidades para quem transportar ou vender frutos hospedeiros com a presença do inseto, resultando em apreensão e destruição das frutas, além de multa para quem as transporta ou comercializa.

Monitoramento – Para garantir o sucesso do Programa, moradores e produtores dos municípios onde a praga já foi detectada e eliminada participam de ações educativas, incluindo a visita de técnicos da Adepará, com o objetivo de conscientizar e esclarecer sobre as ações de combate e prevenção, legislação vigente, trânsito de frutos hospedeiros, danos econômicos e os problemas sociais gerados pela praga.

Nesta semana também foram realizadas ações educativas na zona rural de Breves. Os técnicos visitaram residências, terminais hidroviários, embarcações, estabelecimentos comerciais, feiras, órgãos estaduais e federais, escolas e universidades. Os agentes distribuíram material informativo e alertaram sobre o risco de transportar frutos potencialmente infestados.

A Adepará leva ações educativas às comunidades em geral e às entidades representativas de produtores rurais, além de escolas da zona urbana, feiras agropecuárias e outros eventos do setor. Essas ações geralmente são programadas em parceria com órgãos e entidades, e com as próprias comunidades.

Dentre as ações educativas merecem destaque: o Programa de Erradicação da Febre Aftosa, o Programa de Erradicação da Mosca da Carambola e o Programa da Raiva de Herbívoros e Peste Suína Clássica.

“Quando realizamos essas ações em parcerias com outras instituições e representações rurais, há palestras e vídeos, e distribuímos panfletos, cartazes informativos dos programas e ações realizadas pela Adepará. Na ação que realizamos na terça-feira distribuímos panfletos educativos e orientamos os criadores sobre os riscos das pragas e doenças infectocontagiosas para municípios, Estado e União no aspecto econômico. Essa atividade foi direcionada exclusivamente aos proprietários de animais”, informou Ronaldo Oliveira.O combate à praga é ininterrupto, porque o inseto é considerado a maior ameaça à fruticultura nacional

Comercialização – A investigação epidemiológica é outro trabalho desenvolvido pela Adepará, visando assegurar a sanidade, tanto na área animal como na vegetal, para que os produtos paraenses estejam aptos para a comercialização. O objetivo da defesa animal é promover e salvaguardar a sanidade da pecuária no Estado, bem como preservar os interesses sociais, econômicos e de saúde pública por meio da prevenção, combate e erradicação de doenças dos animais, buscando a conformidade e qualidade da produção pecuária. Já a defesa sanitária vegetal é responsável por assegurar a sanidade dos vegetais, para estarem aptos à comercialização, livres de pragas.

Atualmente, as ações de combate à mosca-da-carambola seguem intensas apenas no município de Almeirim (Distrito de Monte Dourado), na divisa com o Estado do Amapá.

Fonte: Governo PA

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