Durante três dias, equipes da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, em parceria com a Prefeitura Municipal de Breves, no Marajó, realizaram uma ação alusiva à campanha “Janeiro Branco”, movimento nacional que chama a atenção para o tema da saúde mental na vida das pessoas.
A Gerência de Proteção dos Direitos da Juventude e da Coordenadoria de Monitoramento dos Direitos Violados da Sejud promoveram oficinas e rodas de conversas com a sociedade civil e com autoridades a fim de discutir políticas voltadas à juventude.
O autônomo Marinaldo Xavier, liderança da juventude de Breves participante de grupos ligado à Igreja Católica, conta que está atento às demandas dos jovens. Ele disse que a ida da Sejudh ao município revela um olhar atento do governo ao Marajó.
“A juventude tem que se unir para quebrar o paradigma de inutilidade. O jovem é útil em vários locais, como na igreja, no esporte, na cultura. Temos que ganhar respeito. Unirmos como juventude e procurar o melhor para todos e todas para a melhoria da nossa vida”, afirmou.
O responsável pela Gerência da Juventude da Sejudh, Flávio Moreira de Paula, informou que é atribuição do órgão promover os direitos dos jovens. “Não há direito maior do que o direito à vida. Por isso viemos aqui inicialmente como uma ação emergencial com caráter formativo, educativo e pedagógico, mas principalmente de escuta. A ideia é que juntamente com outras secretarias possamos construir uma proposta que vise o bem estar mental das nossas juventudes”, frisou.
Janeiro Branco – Em tempos de pandemia do novo coronavírus, houve um aumento expressivo de casos de crises de ansiedade aguda, de depressão, de abuso de álcool, de medicações controladas, de violências etc.
A campanha Janeiro Branco, mês de conscientização sobre a saúde mental, é importante porque orienta sobre a identificação de sinais precoces, bem como fornece estratégias para a manutenção da sanidade psíquica nos dias de hoje.
Em Breves, rodas de conversas e de dinâmicas terapêuticas promoveram a reflexão dos sentimentos que permeiam as pessoas. Também, houve oportunidade de se refletir acerca da importância de buscar ajuda e tratamento psicológico.
“A gente precisa aprender a se olhar, se conhecer, a valorizar cada um das potencialidades, por meio do autoconhecimento, a gente consegue também trabalhar quais são as necessidades de mudanças”, afirmou a psicóloga Priscilla Taveira, da Coordenadoria de Monitoramento dos Direitos Violados, da Sejudh.
A assistente social Zilmai Borges Carneiro, que durante anos atuou no Centro de Referência em Assistência Social de Breves, afirmou que os debates realizados pela Secretaria contribuem para diagnósticos e implementações de políticas públicas dirigidas à realidade juvenil marajoara.
“A vinda da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos é de suma importância para a discussão em relação à saúde mental da juventude brevense. Colocar em destaque a escuta e discussão com os jovens, a importância do conhecimento de busca para assistência de seus direitos violados é fundamental”, destacou.