Na noite desta sexta-feira (18/12), ocorreu na Assembleia Legislativa do Estado, ato solene para debater a educação em tempos de pandemia. O evento ocorreu em ambiente virtual e foi conduzido pelos integrantes da Mandata Ativista (PSOL).
Participaram do encontro professores, pais, alunos e membros de entidades sindicais.
O principal ponto discutido durante o ato foi a busca por soluções para a reabertura das escolas e alguma outra forma de melhorar a qualidade educacional sem colocar os alunos em risco nesse momento.
Os participantes destacaram a necessidade de a educação ser colocada como prioridade para evolução e crescimento do país, Paulo Telles médico pediatra e neonatologista, disse, “se não investirmos nas crianças, na educação e nos professores, nossos índices educacionais continuarão pífios”.
Em analise semelhante, o também pediatra Daniel Becker, declarou “temos de fechar outras coisas, não escolas” e mostrou estudos que indicam que crianças em idade escolar para ensino fundamental têm baixos índices de transmissão do novo coronavírus. Além disso, destacou que em países que já reabriram as escolas “os surtos ocorriam em sua maioria através de adultos que traziam a doença de outros ambientes para a escola”.
Planejar para voltar
O especialista , entretanto, defendeu um planejamento para a reabertura. Segundo ele, é essencial evitar aglomerações, ter disponibilidade de itens de higiene, como água, sabão e álcool em gel, além de equipamentos de proteção individual (EPI), como máscara e outros itens.
Adolescentes que são alunos da rede pública de educação realizaram queixas quanto à qualidade de serviços prestados pelas escolas e suas estruturas, Hector Batista, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), criticou: “não havia nem papel higiênico, agora estamos nos perguntando, se terá álcool em gel e condições sanitárias para voltar”.
A integrante da Mandata Ativista, Raquel Marques, alertou para a necessidade de investimentos para a área e alertou que é preciso aumentar o orçamento da educação. “Na prática, a educação de São Paulo no próximo ano vai ter sete bilhões a menos. Não haverá dinheiro para fazer construção, nem reforma nas escolas”, disse.
