A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Grupo Antissequestro – GAS, da Deic), realizou, no último sábado (12), a prisão preventiva de um policial penal do Distrito Federal, de 34 anos, e de um outro indivíduo, 35 anos, investigados como autores do latrocínio do empresário Ronaldo Alves dos Santos, 41 anos. O empresário estava desaparecido desde 31 de março de 2017, tendo enviado mensagens estranhas para familiares dizendo que havia viajado para o estado de Minas Gerais.
Na data de 1º de abril de 2018, o corpo da vítima foi encontrado carbonizado na cidade de Cristalina, região do entorno do Distrito Federal. A identificação somente foi possível mediante exame de DNA feito no dia 21 de junho de 2018.
Iniciadas as investigações, a Polícia Civil descobriu que uma pessoa que mantém um relacionamento extraconjugal com o policial penal do DF (uma mulher de 31 anos) começou a receber em sua conta bancária pagamentos agendados da conta bancária da vítima no valor de R$ 2 mil reais cada. Tais agendamentos foram realizados pelo próprio celular da vítima no dia do desaparecimento, bem como nos dias seguintes, quando a vítima já estava morta.
Essa pessoa que tinha um relacionamento extraconjugal, ouvida nos autos, informou que o valor que recebia da vítima em sua conta era referente a um veículo que havia vendido para esta. Apresentou contrato que, submetido a perícia, comprovou-se ser falso.
Juntamente com a vítima, também desapareceram dois veículos de sua propriedade, sendo um Hyundai/Sonata e um Honda/Civic.
Na data de 20 de abril de 2017, o veículo Hyundai/Sonata foi abordado com o policial penal, dentro do qual transportava sua amante para ser ouvida na Deic. Já no dia 04 de maio de 2017, o veículo Hyundai/Sonata foi apreendido com o outro homem agora preso. O Sonata foi submetido a perícia e estava sem o forro do porta-malas. Conforme as investigações, este homem auxiliou o policial penal no cometimento do crime, ficando com tal veículo como pagamento.
Posteriormente, em 08 de maio de 2017, os policiais civis da Deic diligenciaram até a residência da vítima, onde, no interior do imóvel, foi encontrado um projétil de arma de fogo. Submetido a perícia, ficou demonstrado que o projétil saiu da arma funcional do policial penal.
Ambos foram indiciados pelo latrocínio e presos preventivamente pelo crime. Já a amante do policial penal encontra-se foragida, inclusive fora do Brasil. Porém, também foi indiciada pelo crime, teve a prisão preventiva decretada e segue sendo procurada.