Com a finalidade de não aglomerar profissionais de saúde que atuam no controle das arboviroses no estado, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) realizou, nesta segunda-feira (14/12), o 1º Seminário Virtual Alusivo ao Dia de Combate ao Aedes aegypti do Amazonas, com a presença on-line de 400 participantes dos 62 municípios.
O seminário abriu a programação estadual da Semana de Mobilização Social e em Educação em Saúde de Combate ao Aedes aegypti, que segue até o dia 18 de dezembro, com ações simultaneamente em 45 cidades amazonenses que têm a presença do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya.
Na abertura do evento virtual, o diretor técnico da FVS-AM, Cristiano Fernandes, lembrou dos desafios vividos em 2020 e agradeceu o empenho de todos os agentes de endemias. “Um ano intenso que exigiu mais atenção de todos nós, tanto voltada para o novo coronavírus como para outras doenças, como dengue, zika e chikungunya”, avaliou.
Cristiano ressaltou sobre a importância de manter sensibilizada a comunidade local para as medidas de prevenção. “O adoecimento do indivíduo pode ser evitado com a verificação semanal de depósitos de água parada em seu quintal”, alertou.
Em números – Os casos notificados de dengue no Amazonas aumentaram 49%, no comparativo dos meses de janeiro a novembro de 2020 com o mesmo período do ano passado. Foram 9.058 notificações neste ano, contra 6.075 casos notificados em 2019.
Em 2020, até novembro, os municípios do estado que mais apresentaram notificações por dengue são: Manaus (2.025 notificações), Guajará (1.074), São Gabriel da Cachoeira (896), Benjamin Constant (659) e Lábrea (603).
Com redução – Doenças como chikungunya e zika, também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, apresentaram diminuição no número de casos.
Em relação à chikungunya, a redução é de 42% na comparação com 2019. Neste ano foram notificados 110 casos, contra 191 no ano passado.
Entre os casos de zika, a redução é de 15%, com 98 casos notificados em 2020, contra 116 casos em 2019.
Dengue – O Aedes aegypti é um mosquito doméstico que vive dentro de casa e perto do homem, e também transmite zika e chikungunya. O mosquito se alimenta de sangue humano, principalmente ao amanhecer e ao entardecer.
A reprodução da espécie ocorre em água limpa e parada, a partir da postura de ovos pelas fêmeas, que são colocados e distribuídos por diversos criadouros. O mosquito leva de sete a 10 dias para chegar à fase adulta.
Os principais sintomas da dengue são febre, dores nas articulações, vômito, manchas vermelhas no corpo, sangramento e dor abdominal. Diante desses sintomas, a recomendação é buscar atendimento médico no serviço de saúde de sua cidade.
Como prevenção às doenças transmitidas pelo mosquito, basta investigar os locais com água parada. O ideal é que seja realizada essa varredura uma vez por semana, levando apenas 10 minutos.
Nesse sentido, recomenda-se tampar tonéis e caixas d’água; manter calhas sempre limpas; deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo; manter lixeiras bem tampadas; deixar ralos limpos e com aplicação de tela; realizar limpeza semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia; limpar com escova ou bucha os potes de água para animais; e retirar água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.
Referência – A FVS-AM é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas, incluindo o monitoramento de indicadores de doenças, como a dengue, por meio da Gerência de Doenças de Transmissão Vetorial – Dengue, inserido no Departamento de Vigilância Ambiental (DVA/FVS-AM). A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, em Manaus. Os números para contato são (92) 3182-8550 e 3182-8551.