Em alusão à Campanha Dezembro Vermelho, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD Estadual) realizou, nesta quinta-feira (10), no Mercado Central, a 18ª Ação Resgate, com 400 atendimentos à população e às pessoas em situação de rua. Com a edição, a última de 2020, o equipamento de saúde mental somou 7.200 atendimentos realizados ao longo do ano. Além disso, através do trabalho executado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do CAPS AD, 180 dependentes químicos foram retirados das ruas ao longo do ano.
“Essas mais de 100 pessoas resgatadas, sem dúvida, resultam do compromisso do Estado em garantir o atendimento em saúde de forma acessível. Até porque, o foco principal não é apenas fazer a retirada das pessoas que se encontram nas ruas, mas promover a redução de danos e a melhora na qualidade de vida, levando dispositivos de Saúde Pública àqueles que muitas vezes não são vistos pela sociedade, prevenindo agravos e, consequentemente, internações”, disse o coordenador do CAPS AD, Marcelo Costa.
Nesta 18ª Ação Resgate, foram ofertados testes rápidos para diagnóstico de Hepatites B e C, Sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Além destes, a mobilização levou 40 testes de coronavírus (Covid-19) e o suporte de 18 profissionais de saúde, entre técnicos, enfermeiros e médicos clínicos, incluindo três educadores sociais da Prefeitura de São Luís, fazendo a busca ativa das pessoas em situação de rua.
A iniciativa garantiu ainda atendimento médico clínico e psiquiátrico, com atualização da carteira vacinal contra tétano, febre amarela, influenza, assim como imunização da Tríplice Viral e Dupla Adulto. Também foi disponibilizada avaliação psicológica para grau de dependência do álcool e o resgate de dependentes químicos.
Segundo o titular da Delegacia de Costume, Joviano Furtado, a parceria com o CAPS AD durante o ano de 2020 foi essencial para o fortalecimento de direitos. “O mais importante é dar a oportunidade de uma nova vida aos dependentes químicos. O reflexo disso é a diminuição acentuada da concentração de pessoas em situação de rua, assim como o alcance da própria população no que diz respeito à identificação de doenças”, pontuou.
Em sua segunda Ação Resgate, o profissional liberal Ribamar Assunção, de 54 anos, morador do Centro, afirmou que é uma oportunidade para quem necessita de suporte médico, mas que não tem tempo. “Eu achei muito bom, pois ajuda aqueles que, por causa da correria do dia a dia, não conseguem parar um pouco para cuidar de si. No caso, aproveitei para verificar a minha glicemia e também os testes rápidos todos”, compartilhou.
A empregada doméstica Luísmar Campos, de 57 anos, moradora do Bairro de Fátima, primeiro finalizou as compras da feira para depois verificar se tudo está bem com a saúde. “Tomei vacina contra tétano e também fiz os testes rápidos como forma de check-up. É bom que iniciativas como esta sejam levadas para fora dos postos de saúde, pois facilita o nosso acesso a atendimento e serviços”, comentou.
Combate ao coronavírus
Em combate à Covid-19, o Governo do Estado aproveitou as edições do Ação Resgate para levar às pessoas em situação de rua os testes para diagnóstico da doença, bem como as devidas orientações sobre a prevenção, com a distribuição de máscaras e álcool em gel.
A média de testes disponibilizados para cada ação foi de 20 a 25; aproximadamente 450 testes rápidos para Covid-19 no ano.