Um erro de dosagem pode acelerar a aprovação da vacina de Oxford, como é conhecido o imunizante contra a covid-19 desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, da Inglaterra.
Nesta segunda-feira (23), a AstraZeneca afirmou que o imunizante pode ter 90% de eficácia se administrada em meia dose seguida por dose completa um mês depois.
“A razão de termos tido uma meia dose foi o acaso”, disse Mene Pangalos, chefe de pesquisa, à Reuters. Um grupo maior que havia recebido duas doses completas, tal como planejado, demonstrou um índice de eficácia de 62%, o que levou a uma eficácia geral de 70% nos dois padrões de dosagem.
De acordo com a reportagem da Reuters, na época em que a farmacêutica estava iniciando sua parceria com Oxford, no final de abril, pesquisadores universitários estavam administrando doses a participantes de testes no Reino Unido.
Logo eles perceberam que efeitos colaterais esperados, como fadiga, dores de cabeça ou nos braços, estavam mais brandos do que o esperado, disse ele. “Então voltamos e verificamos. E descobrimos que eles haviam administrado a dose da vacina pela metade”, explicou Pangalos.
O pesquisador acrescentou que a empresa decidiu continuar com a meia dose e administrar a vacina de reforço de uma dose total no momento programado, resultando na eficácia maior, de cerca de 90%, o que pode ajudar o imunizante a ter o seu uso aprovado em vários países do mundo, incluindo o Brasil.