A deputada Júlia Lucy (Novo) fez, na sessão remota da Câmara Legislativa desta terça-feira (3), uma síntese da audiência pública realizada pela manhã que debateu a volta às aulas presenciais na rede pública de ensino do Distrito Federal. “Não há embasamento para manter as escolas fechadas aos alunos”, defendeu, observando que a Secretaria de Educação ainda não chamou o Sindicato dos Professores (Sinpro) para tratar do retorno. “Não existe plano pra nada”, resumiu, destacando que mais de 30 mil novos alunos devem ingressar nos estabelecimentos públicos no ano que vem.
Discursando sobre o mesmo tema, o deputado Leandro Grass (Rede) observou que a educação “é um dos setores mais impactados pela pandemia”, alertando para as desigualdades “que vão se aprofundar”. O parlamentar fez um retrospecto da situação e disse que o GDF vem tomando decisões sem ouvir diretores, professores e regionais de ensino. “Desde o momento inicial, esse grupo vem conectando-se com a comunidade estudantil e tem muitas contribuições a oferecer. Porém, o debate caiu em um discurso ideológico falacioso, sem debate técnico”, argumentou. Na opinião de Grass, o planejamento para o retorno deve incluir diversas áreas, “ser intersetorial”.
Fábio Felix (Psol) acrescentou que o debate sobre a volta às aulas deve ser coordenado por “interlocutores confiáveis” e não por aqueles que, no pior momento da crise, defenderam o retorno às escolas. “Necessitamos com urgência de um plano de contingência, mas que não deve incluir em sua elaboração os negacionistas nem aqueles que difundem fake news”, declarou.
Marco Túlio Alencar
Imagem: Reprodução/TV Web CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa