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Ministério da Saúde sabia de risco de incêndio no Bonsucesso desde abril de 2019


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Hospital Federal de Bonsucesso com pacientes sendo retirados de dentro dele
Reprodução/Twitter

Hospital Federal de Bonsucesso foi atingido por incêndio na manhã desta terça-feira (27)

O Ministério da Saúde sabia, pelo menos desde abril de 2019, que havia risco de incêndios no Hospital Federal de Bonsucesso , na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro . Um relatório produzido por engenheiros a pedido da pasta na época apontou uma série de problemas na estrutura de combate a chamas da unidade hospitalar. A informação é do jornal O Estado de São Paulo .

Mesmo após o sinal de alerta, nada foi feito e, um ano e meio depois, o hospital foi atingido por um incêndio, deixando até agora duas pacientes mortas. Uma delas era mulher de 42 anos e outra uma idosa de 82 anos. As duas estavam com a Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Questionado nesta terça sobre a falta de providências para sanar o risco de incêndio no hospital, o Ministério da Saúde não se manifestou. Por meio de nota, a pasta se limitou a lamentar o episódio.

Em setembro de 2019, de posse desse relatório, a Defensoria Pública da União cobrou providências da direção do HFB para ajustar o hospital às normas de segurança e solicitou ao  Corpo de Bombeiros  que fizesse uma vistoria na unidade de saúde.

“Depois disso, a Defensoria fez seu papel de reforçar reiteradamente a necessidade de providência urgente aos órgãos competentes”, informou, em nota, a Defensoria.

Ao menos desde 2007 os profissionais de saúde denunciavam problemas elétricos e risco de incêndio no Hospital de Bonsucesso, segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Alexandre Telles.

“As primeiras denúncias são de 13 anos atrás, e a única providência até hoje foi a compra de extintores de incêndio, no ano passado. A fiação nunca foi trocada”, disse o médico.

Além disso, Telles afirma que faltou treinamento e coordenação para salvar os pacientes. “Os funcionários não sabiam para onde levar os pacientes, porque nunca tinham tido treinamento, não havia um protocolo”, completou.

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